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Mais conhecido pelo personagem que criou, Zé Bonitinho, o ator e humorista Jorge Loredo morreu ontem (26) aos 89 anos, no Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio. Ele estava internado desde o último dia 12, na Unidade Cardio-Intensiva (UCI). De acordo com nota divulgada pelo hospital, Loredo lutava há anos contra uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave e um enfisema pulmonar. Loredo morreu de falência múltipla de órgãos. Carioca, criado no bairro de Campo Grande, zona oeste da cidade, Loredo teve a infância e a juventude marcadas pela doença. Aos 12 anos, foi diagnosticado com osteomelite na perna esquerda. Aos 20 anos, teve uma tuberculose e foi internado em um sanatório. Após receber alta, decidiu cursar uma escola de teatro, com a intenção de ser ator dramático. Em sua primeira audição, foi aprovado ao interpretar um monólogo cômico. O personagem Zé Bonitinho surgiu na década de 60, no programa Noites Cariocas, da extinta TV Rio. Loredo buscou inspiração em um amigo com fama de conquistador e deu vida ao tipo que usava topete, bigodinho, gravata borboleta, grandes óculos, fazia trejeitos exagerados e se anunciava em bordões como irresistível e o “gostosão das mulheres”. O personagem passou por diversos programas humorísticos da televisão, entre eles a Escolinha do Professor Raimundo, comandada por Chico Anysio, e A Praça é Nossa, de Carlos Alberto da Nóbrega. Loredo também atuou no cinema. Sua filmografia soma 12 títulos, de 1959 a 2011. Para o também comediante Castrinho, que conheceu o colega ainda nos tempos da TV Rio, Loredo era uma figura maravilhosa. “Guardadas as devidas proporções, ele conseguiu fazer de Zé Bonitinho o que Chaplin fêz com Carlitos. Ninguém no mundo vai fazer o Carlitos e ninguém vai fazer o Zé Bontinho. Era uma coisa dele, criada por ele e para o público”, disse. Fora da vida artística, o comediante era advogado, especialista em direito previdenciário e do trabalho. O corpo de José Loredo será velado a partir das 9h de hoje (27), no Memorial do Carmo, no Caju, zona norte do Rio. A cerimônia de cremação está prevista para as 15h. (*) Colaborou Glaucus Arruda, repórter do radiojornalismo da EBC no Rio de Janeiro
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