Há um homem caído, de olhos abertos e boca escancarada, jazendo morto na calçada. Era um simples homem, honesto e trabalhador, morto por um desalmado assaltante. Nós tentamos honestamente nosso dinheiro ganhar, pagar nossas contas e o certo praticar. Mas vem um ladrão, de coração duro e sem compaixão, que quer o nosso dinheiro obter. O ladrão vem, com toda a razão, impiedoso e valentão, intimidar-nos e ameaçar-nos. Ficamos apavorados e revoltados, por vir um bandido com uma arma, tomar o que temos, como se direito a isso tivessem. Pode ser que não reajamos. Mesmo assim, eles nos ferem ou até nos matam. Quem era esse homem, em torno de quem os curiosos se amontoam? Quem era esse homem, cujo sangue rega a calçada, escapando do buraco em seu pobre peito? Ele podia ser João, Pedro, Joaquim, José ou Miguel. Ele podia ser qualquer um, jovem ou maduro, solteiro ou casado, pai de família, estudante ou trabalhador. Porém, agora, ele não é ninguém mais, porque não passa de um número a mais nas estatísticas, um infeliz homem morto na calçada.
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