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Em Império, trama de Aguinaldo Silva, vários assuntos inerentes sobre a constituição humana são abordados, entre eles as perspectivas negativas e positivas das particularidades sexuais. Segundo o psicólogo e escritor Alexandre Bez é importante mencionar que qualquer condição sexual escolhida jamais deve ser criticada. “O sexo é regido unicamente pelo aparelho psicológico de cada um, é na parte mental que as escolhas são tomadas em função da progressão adquirida nos processos do psicodesenvolvimento sexual. Não há fatores biológicos determinantes que operam na escolha da sexualidade”, explica o especialista. Na novela global vimos a decepção do personagem Enrico (Joaquim Lopes) quando soube das outras preferências de seu pai. “No caso dele isso se difere dos outros processos de generalização encontrados na grande maioria dos homofóbicos, que é a identificação negada e projetada através do ódio nos homossexuais por enxergar neles traços de sua própria personalidade e desejos reprimidos”, afirma Alexandre Bez. Para o psicólogo, Enrico agia assim porque em seu processo de criação não lhe fora passado normas de comportamento como: tolerar as diferenças, aprender a respeitar o próximo, compreender e aceitar preferências alheias, entender que a homossexualidade é normal e não um desvio sexual ou pecado e assimilar o conhecimento de que tudo que ocorre no universo homossexual também acontece no mundo hétero da mesma forma. Mesmo seu pai Cláudio Bolgari (José Mayer) sendo homossexual não passou essa criação como também não criticou as vezes que ele se pronunciava contra. Nesse caso existe um déficit familiar que precisa ser corrigido e assim impedindo atos de repúdio aos homossexuais e eventuais agressões físicas ou verbais no futuro. Os verdadeiros doentes são os homofóbicos, esses, sim, precisam de tratamento e auxílio psicológico. Enrico se retrata a tempo e percebe de que era só aceitar conviver com as diferenças. A homossexualidade tem as mesmas dificuldades e questões amorosas da heterossexualidade, mudando apenas o gênero. O homossexualismo deixou de existir a partir do momento em que a OMS baniu o comportamento homoafetivo como desvio ou patologia. Já não era sem tempo e nada como desfrutar da sua opção sexual com saúde respeito e privacidade.
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