Com relação ao estatuto vigente na Fundart, devemos partir do princípio que a sua elaboração é conseqüência da discussão com a comunidade, e o mínimo que devemos àqueles que conseguiram elabora-lo, é respeitar a sua vigência. Com o devido respeito, devemos considerar que ele pode conter defeitos e que deve necessitar de aprimoramentos. A mudança dos estatutos na Fundação é um processo que envolve toda a comunidade organizada através dos grupos setoriais e Conselho Deliberativo da Fundação, Câmara de Vereadores e Prefeito Municipal. Entendemos que o aprimoramento de qualquer estatuto somente se revela necessário e produtivo depois da sua prática à exaustão, antes disso é no mínimo temerário. Devemos lembrar que, este ano, boa parte dos atrasos nas datas e fluidez dos trabalhos da Fundart foi provocada pela não observância dos preceitos contidos nos Estatutos ou, na insistente e nada produtiva ladainha da sua obsolescência. Hoje, pela falta de prática dos estatutos, acusa-lo de obsoleto ou equivocado revela no mínimo leviandade e descompromisso para com a comunidade, ou ainda mais grave, interesses escusos de grupelhos nada comprometidos com a Cultura de Ubatuba. Temos a certeza que quando alguém idealiza um projeto e o propõe a uma Fundação Cultural é com o objetivo de concretizar a sua colaboração com o desenvolvimento cultural da sua comunidade. Esta isonomia de anseios e ideais foi respeitada em todas as etapas das análises feitas pelo Conselho. Temos a certeza que todos os projetos recusados frustraram as expectativas dos seus idealizadores, e posso garantir que, a recusa de muitos projetos frustrou também os anseios do Conselho. Todos os projetos apresentados foram analisados com total isenção e critérios específicos para cada etapa da seleção. Dos cerca de 100 projetos apresentados, 28 foram selecionados para uma entrevista dos proponentes com o Conselho Deliberativo, para análise da capacidade de realização. Em momento algum, o Conselho Deliberativo aceitou ou se sujeitou a qualquer tipo de imposição ou interferências estranhas. Do mesmo jeito que, em momento algum, qualquer projeto foi considerado mais importante ou menos importante por ser o único na categoria ou área de atuação. Na análise final foram consideradas a abrangência social, as conseqüências culturais do projeto e a disponibilidade econômica da Fundart. Dos 28 projetos selecionados 20 projetos foram aprovados e já estão em fase de implantação. Sem diminuir ou desmerecer todos os projetos recusados, devemos lembrar que a análise dos projetos é feita por coordenadores dos grupos setoriais da área em que o projeto se inclui e, não tenham dúvidas que, houvesse disponibilidade financeira haveríamos de apresentar uma taxa de aprovação muito maior. Podemos concluir que a estrutura da Fundart, através da comunidade organizada e representada pelos grupos setoriais, elegendo os seus coordenadores para compor o Conselho Deliberativo, que define e norteia as ações da Diretoria Executiva, é a melhor representação da proposta de governo participativo do Prefeito Eduardo César. A Fundart existe desde 1987, ainda não completou a maioridade, mas temos certeza que a atual Administração Municipal possibilitará e lutará pelo seu amadurecimento. É nesse sentido que o atual Conselho está empenhado. Contestar esta estrutura significa contestar a melhor representação da espinha dorsal do Governo Eduardo César. As críticas que o Sr. Jorge Elias (Lee) dirigiu ao Conselho e à Fundart revelam ignorância e dissociação do processo descrito acima. Usando da liberdade de freqüentar o mesmo ambiente em que aconteciam as reuniões, procurou se prevalecer desse privilégio, em detrimento a todos os outros proponentes que não podiam estar presentes por não serem funcionários da Fundação. Está claro que não alcançou seus objetivos. O Sr. Jorge Elias (Lee) deve se orientar melhor sobre o papel que agora esta desempenhando, independente do grau ou vínculo empregatício que mantém com a Fundação. A ignorância que revelou dos seus direitos é a mesma que revela dos seus deveres como Funcionário Público. Até entendemos e relevamos que ele ainda não saiba se comportar como Funcionário Público, só não podemos permitir ou autorizar que use das suas prerrogativas em benefício próprio, pois isto se trata de matéria amplamente discutida nos compêndios Jurídicos. Quanto à ética e a moral, infelizmente não nos cabe ensinar teoricamente a ninguém. Ética se aprende praticando e o Sr. Jorge Elias (Lee) revelou-nos que ainda tem muito para praticar quando imagina que o Conselho se reúne para discutir o sexo dos anjos. Finalizando, Sr. Jorge Elias da Guarda, no e-mail em que reclama da carapuça que vestiu lendo o meu artigo anterior publicado na revista O Guaruçá garanto que não procede, está claro que não preciso de metáforas para criticar sua conduta. Esclarecimento do Editor: A matéria em questão é referente a artigo publicado nos sites Litoral Virtual e Ubanaboa. O Sr Jorge Elias da Guarda, vulgo Jorge Lee, apesar de ter acertado o envio de matérias periódicas (Estação Click) para a revista eletrônica O Guaruçá, não enviou o artigo "Teatro de Animação de Bonecos em Ubatuba" transcrito abaixo para melhor entendimento dos leitores.
17/04/2005 Teatro de Animação de Bonecos em Ubatuba
É IMPORTANTE?
LEIA COM ATENÇÃO E FAÇA O SEU JULGAMENTO. Ei, você. Você mesmo. Jovem-jovem ou jovem de espírito. Vamos falar francamente e sem rodeios, ok? Você tem alguma idéia de quantos projetos a Fundart de Ubatuba recebeu com a proposta de um (verdadeiro) CURSO DE ANIMAÇÃO DE BONECOS e formação de uma COMPANHIA DE TEATRO DE ANIMAÇÃO? Pois é, apenas 1 (UM) entre aproximadamente 100 (CEM) de outras modalidades enviados pela comunidade. Na condição de coordenador (chefe) do setor de Projetos, Eventos e Oficinas da Fundart, eu confesso que fiquei decepcionado com a falta de projetos dessa natureza, bem como com a falta dos de dança de salão, grafite, cine-foto-vídeo, história em quadrinhos, danças circulares e outros que poderiam diversificar a programação da nossa querida Fundart. É difícil falar em causa própria mas, o único projeto com a proposta de um (verdadeiro) CURSO DE ANIMAÇÃO DE BONECOS e formação de uma COMPANHIA DE TEATRO DE ANIMAÇÃO foi apresentado por mim, Jorge Lee - coordenador (chefe) do setor de Projetos, Eventos e Oficinas da Fundart. O estatuto da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, apesar de estar obsoleto e ser equivocado a cada linha, é claro quanto à questão de um funcionário não poder receber 2 (DUAS) remunerações da mesma fonte (a Fundart). Pois bem, quanto a este e outros itens, é preciso que eu coloque a público a proposta que fiz ao Conselho Deliberativo: . Realizar um curso de animação de bonecos com começo meio e fim. . Ministrar aulas nos meus horários livres. Talvez, à noite ou nos finais de semana. (apesar de eu nunca ter visto meu contrato de trabalho e não saber quantas horas devo trabalhar por dia). .Supondo que devo trabalhar 8 (OITO) horas por dia, como qualquer ser humano normal, penso que sobrariam horas para eu utilizar como bem entender e, neste caso, nas aulas de Animação de Bonecos a favor da comunidade. . Arrecadar receita por meio de parceria, como já ocorre com os cursos de Ballet, Desenho, Pintura e Cerâmica há muitos anos. (entenda-se por arrecadação de receita, um valor de adesão / inscrição e uma manutenção / mensalidade cobrados dos interessados pelo curso, com repasse de um percentual para a Fundart fazer frente às suas despesas com água, energia elétrica e funcionários). .Estabelecer critérios de valores a serem pagos pelos alunos de forma justa e acessível: .CRIANÇAS DE 10 A 13 ANOS = R$10,00 A ADESÃO E R$15,00 A MENSALIDADE. .JOVENS DE 14 A 20 ANOS = R$20,00 A ADESÃO E R$25,00 A MENSALIDADE. .ADULTOS DE 21 ANOS EM DIANTE = R$30,00 A ADESÃO E R$35,00 A MENSALIDADE. . Não tirar qualquer centavo da Fundart, mas sim, oferecer uma nova modalidade, ainda não explorada como programa cultural e de transformação social. . Oferecer entre 10 e 12 bolsas gratuitas para pessoas indicadas pelas lideranças comunitárias a fim de que possam retransmitir as experiências vividas e formar seus próprios núcleos de animação de bonecos nos bairros. Como disse a atriz Cacilda Becker: "Não me peçam para dar a única coisa que eu tenho para vender". É óbvio que não posso banalizar a minha arte. Minha indicação, que veio por meio do Prefeito Eduardo César para coordenar projetos, eventos e oficinas na Fundart não inclui o TEATRO DE BONECOS no pacote, portanto, é justo que eu seja remunerado pelos serviços artísticos prestados. Minha inscrição para realizar um curso na Fundart foi feita dentro dos critérios do estatuto vigente que, com defeitos ou não, deve ser seguido até que o Conselho Deliberativo se una realmente pela comunidade e queira fazer alterações verdadeiras, como se tornar consultivo por exemplo, para que as políticas culturais possam andar e respirar livremente. Não há qualquer parágrafo ou item no documento que proíba um funcionário da Fundart de participar da concorrência para realizar cursos para a comunidade. O argumento do Conselho Deliberativo - gestão 2005 para a negativa é que a comunidade consideraria a inclusão do meu curso de animação de bonecos antiética, uma vez que eu já trabalho para a instituição. Enquanto nossos conselheiros ficam discutindo o sexo dos anjos, eu estou encaminhando meu projeto para Caraguatatuba, São Sebastião, Ilha Bela e Vale do Paraíba, como já fizeram tantos outros artistas desiludidos e decepcionados com a regência funesta da Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba. Não pretendo citar os nomes dos conselheiros por ter convicção de que não são todos os travadores do progresso cultural de Ubatuba. Trata-se de um projeto que prevê a formação de pessoas (inclusive jovens) de vários bairros em atores manipuladores de bonecos a partir da sede central da Fundart. Em um segundo momento, a criação de uma companhia formada pelos vários artistas espalhados pela cidade. Cada região teria o seu grupo de animação, o que faria surgir festivais na cidade e, posteriormente, festivais estaduais, nacionais e internacionais. Na Folhinha (de São Paulo) do dia 9 de Abril de 2005, na capa, uma das chamadas foi: TEATRO - Bonecos invadem os palcos de São Paulo. Mas, a realidade é outra na capital. Os dirigentes culturais e seus conselhos são arejados, modernos, desprendidos de projetos pessoais. Você sabia que para ser conselheiro(a) da Fundart você só precisa ser escolhido(a) pela comunidade? É um cargo VOLUNTÁRIO que deve ser ocupado por pessoas idôneas e que pensem primeiro na coletividade. Se você tem espírito de liderança (positiva) e algum tempo disponível, candidate-se. Para isso, você tem que ter participado pelo menos de duas reuniões de qualquer grupo setorial da Fundart: Artes Cênicas e Dança, Literatura, Folclore, História e Geografia, Cine-Foto-Vídeo, Artesanato, Artes Plásticas e Música. Prometo trazer mais informações sobre a Fundart e como você pode participar nos próximos artigos, afinal, as eleições para os Grupos Setoriais e Conselho Deliberativo da Fundart acontecem em janeiro de 2006. Não posso esquecer de mencionar que, no caso da concorrência para a realização de cursos na Fundart, que foi realizada entre os meses de março e abril de 2005, meu projeto foi ÚNICO. Não houve outros propositores. Sendo assim, onde está a falta de ética em aprovar um curso já procurado por várias pessoas, que não tem concorrentes e não vai onerar os cofres públicos? Como participante da equipe da Fundart, sei que posso sofrer retaliações por parte do Conselho Deliberativo, isto é, se já não estiver sofrendo. Veja abaixo, em tópicos, o que propõe o Teatro de Animação de Bonecos: •TEATRO DE BONECOS NA HISTÓRIA UNIVERSAL •PSICOPEDAGOGIA DA ANIMAÇÃO •ANIMAÇÃO DE BONECOS COMO PRODUTO DE TURISMO •ANIMAÇÃO DE BONECOS COMO RECURSO EDUCATIVO •ANIMAÇÃO DE BONECOS COMO INSTRUMENTO FORMADOR DE OPINIÃO •ABSTRAÇÃO E ANIMAÇÃO COM OBJETOS •DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES •IMPROVISAÇÕES •INTERATIVIDADE - PLATÉIA, ATORES E BONECOS •SOM, PALAVRA, GESTO E OLHAR •MÁSCARA - NEUTRA E EXPRESSIVA •TIPOS DE BONECOS •CONFECÇÃO DE BONECOS •ANIMAÇÃO DE BONECOS •DIREÇÃO •TEXTO E OU CONCEITO •MANIPULAÇÃO DE BONECOS •PALCO - CONTRA REGRA •CENOGRAFIA •ILUMINAÇÃO •SONOPLASTIA •MONTAGEM DE ESPETÁCULO Caso você, criança; jovem; adulto ou idoso, goste de TEATRO DE ANIMAÇÃO DE BONECOS e considere que Ubatuba merece um projeto como este, envie seu e-mail para fundart@fundart.com.br e solicite a inclusão dele na grade da programação 2005. Lembre-se, isso só será possível se houver interesse da comunidade. Converse com amigos, passe este e-mail adiante. Pergunte a quem assistiu apresentações ao vivo, pela Kaybee ou foi treinado por Jorge Lee com o boneco Jimmy. Saiba mais sobre a animação de bonecos. Envie mensagem para jorgesinglee@yahoo.com.br. Infelizmente, estou utilizando meu próprio espaço para artigos como canal de esclarecimento desses fatos. Penso que minha proposta (a do teatro de animação de bonecos) também é importante para os jovens e todas as outras pessoas que gostam de cultura e sentem necessidade de novas vivências. A você que não concorda comigo, por qualquer que seja o motivo, peço desculpas e digo que respeito sua opinião. Até o próximo Estação Click. Jorge Lee Consultor de Planejamento de Vida, Entusiasmo e Motivação
Escreva para Jorge Lee jorgesinglee@yahoo.com.br
Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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