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Brasil
14/02/2015 - 16h06
O efeito cascata da alta dos juros
Rita de Cássia Terence
 

A inflação é o aumento generalizado dos preços na economia. Saber como ela é mensurada faz com que se compreenda o seu mecanismo: trata-se da média ponderada dos valores de uma cesta fictícia de bens como arroz, feijão, carne etc., com periodicidade mensal e por regiões, geralmente as principais capitais do país.

Suas causas são diversas, mas atualmente passamos pela inflação chamada crônica, causada pelos gastos do Governo que, somados aos investimentos e juros pagos por suas dívidas, são maiores do que suas receitas, gerando um déficit fiscal. 

Veja que a alta dos juros é consequência do crescimento da inflação que se instalou nos últimos anos. É constatada pelo aumento da taxa básica SELIC, anunciada na reunião do Copom. Ocorre como uma tentativa de conter o consumo e estimular a poupança.

A primeira repercussão na vida das famílias é a redução do poder de compra. As pessoas com mais posse tendem a poupar do que produzir, afetando diretamente a demanda dos produtos e serviços, que por sua vez compromete o PIB, provoca demissões, dificulta o acesso ao crédito. Observe que os eventos ocorrem em forma de espiral.

Para sobreviver a isso tudo, as famílias devem cortar gastos ou aumentar a renda, não há outra maneira. Fazer um orçamento retratando as entradas e saídas ajuda bastante, pois fica fácil de detectar o que pode ser cortado ou diminuído, destacando o que é supérfluo do que é de primeira necessidade. Procurar também por uma renda extra, como vender desde comestíveis a cosméticos e bijuterias pode ser uma saída.

Já a crise da Petrobras interfere na vida das pessoas de forma direta e indireta em função do aumento do combustível, proposto como forma de amenizar o estrago feito pela corrupção e má gestão. A ideia é que todos nós paguemos por isso, seja na bomba, seja no custo do frete associado aos produtos e serviços que consumimos. Para agravar o quadro, colocar um ex-presidente do BB no lugar de Graça Foster foi trocar seis por meia dúzia: o mercado esperava alguém de fora do convívio do governo.

Quanto aos investimentos, o pequeno poupador não tem muito poder de barganha, lhe sobrando a caderneta de poupança e o tesouro direto. Já os magnatas se beneficiam da alta dos juros, protegendo seu patrimônio em aplicações vantajosas de longo prazo, o que contribui para a concentração de renda.

Em panoramas como o atual, o governo tende a aumentar impostos, cortar investimentos em educação, segurança, saúde, infraestrutura etc., emprestar dinheiro ou ainda imprimir papel-moeda. O bom mesmo seria cortes nos gastos públicos como folha de pagamento e manutenção de infraestrutura, o que passa por uma melhora na qualidade da gestão pública em todos os seus níveis, maximizando, assim, os recursos oriundos da nação.


Nota do Editor: Rita de Cássia Terence é docente da unidade Anhanguera São Caetano (Graduação e Pós Graduação) nas áreas de Finanças e Contabilidade. Palestras e cursos ministrados: Gestão Financeira no Terceiro Setor, Finanças Pessoais, Como Comprar seu Imóvel, Finanças da Família, O Futuro a partir de suas Escolhas, A influência da Economia em nosso dia a dia, Matemática Financeira com HP 12C, O que você precisa saber sobre Previdência Privada. Participação em Congressos e publicações na área.

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