O estudo anual Competitividade Brasil 2014, desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria, analisou 15 países dos seis continentes. Num leque tão grande é lamentável a posição ocupada pelo Brasil: 14º lugar no ranking de competitividade. A pesquisa avaliou oito itens e, destes, apenas em três o país avançou. Nos fatores disponibilidade e custo de mão de obra, o Brasil passou do sétimo lugar em 2013 para o quarto em 2014. Apesar da melhora e vasta oferta de mão de obra, a indústria sofre com a baixa produtividade do trabalhador, onde só não estamos pior que a Índia e a China. No item peso de tributos, melhoramos uma única posição, mas continuamos mal colocados em 13ª. Conseguimos melhorar, ainda que pouco, no ambiente microeconômico. A 11ª posição no ranking se deve a melhora no desempenho da concorrência no mercado doméstico. Contudo, mais que levar em conta os acertos, é preciso uma atenta análise dos erros. Devido à alta taxa de juros reais de curto prazo e o maior spread da taxa de juros, o Brasil ocupa a última posição do ranking no fator disponibilidade e custo de capital. Perdemos também em infraestrutura e logística e estamos à frente apenas da Colômbia. No ambiente macroeconômico somos o 12º da lista. O motivo é a queda do investimento estrangeiro direto no país. No quesito tecnologia e inovação, o Brasil é o oitavo da lista. Na educação o Brasil está em nono lugar entre 11 países. De acordo com o estudo, dois itens precisam melhorar: a queda no número de estudantes matriculados no ensino médio e a qualidade da educação. A avaliação vai ao encontro das demandas pelas quais a Federação das Indústrias de Santa Catarina, a Fiesc, tem lutado. Por meio das casas Sesi e Senai, a Federação não mede esforços para viabilizar o acesso à educação aos trabalhadores. Além disso, oferece serviços que melhoraram a qualidade de vida, proporcionando saúde, esporte e lazer. Já por meio do IEL, a Fiesc busca preparar os jovens para o mercado de trabalho. O resultado dessas ações certamente refletirão diretamente na melhora da competitividade. Estamos fazendo a nossa parte. Agora, temos que esperar que o Governo cumpra com sua responsabilidade. Nota do Editor: Ronaldo Baumgarten Jr., vice-presidente regional da Fiesc para o Vale do Itajaí.
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