Luis Gava / PMC | |
Muita gente não sabe, mas a vegetação que nasce na areia da praia, próxima aos quiosques, que pode parecer mato, é um importante aliado contra erosões e intempéries do meio ambiente. A retirada dessa vegetação, sem a devida autorização ambiental, é crime ambiental conforme preconiza a Lei Federal 9605/98. Em Caraguá, o escrube ou jundu, popularmente conhecido, é mais comum na região Central, entre as praias do Indaiá e Praia das Palmeiras. No Indaiá, por ser mais estreita e com uma areia pobre em matéria orgânica, a vegetação é mais escassa. Nos trechos da praia do Aruan, por ter uma faixa de areia mais larga e um solo mais rico em nutrientes, a vegetação se desenvolve com mais vigor e acaba ocupando mais espaço. Em dias de maré muita alta, o jundu segura a areia da praia e evita que o processo erosivo evolua. Ou seja, impede que o mar avance mais. Por isso, é importante que moradores e turistas tenham conhecimento sobre essa vegetação. A remoção dessa espécie da praia depende de prévia autorização do Órgão Ambiental Estadual, mesmo que a vegetação seja exótica ou invasora como a grama e o carrapicho. Implica em processo administrativo e criminal. A Legislação que protege a vegetação de praia é a Resolução CONAMA 303/2002, que define como Área de Preservação Permanente a faixa de 300 da preamar máxima, que é quando a maré está alta.
|