Não faço questão de ser entendida Tudo em mim é e depois não é mais Começa e acaba no mesmo instante da paz O frio me entende, me acalma Acordo querendo dormir Parto querendo chegar Sem uma lágrima parir Ou sem boca para beijar Preciso das horas para jogar Necessito do tempo para enganar Trago o absurdo nos olhos E uma ternura no olhar Marcada por ausências sem sentido Respostas sem perguntas Sussurros ao pé do ouvido Aonde está a árvore que plantei? Qual o fruto que ainda não comi Porque errei quando me despedi Sem sequer dizer adeus? Afasta de mim essa fonte Destrói por favor essa ponte Enterra de vez o meu saber Não quero um horizonte Preciso de vazios para escrever