Em alta pelo sexto dia seguido, a moeda norte-americana fechou acima de R$ 2,56 e manteve o maior valor em nove anos. O dólar comercial encerrou a semana vendido a R$ 2,563, com alta de 0,1%. O valor é o mais alto desde 20 de abril de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,564. Ontem, 7, o dia foi marcado pela volatilidade no mercado financeiro. No início da manhã, a cotação chegou a ultrapassar R$ 2,58, mas a alta desacelerou nas horas seguintes. O dólar acumula alta de 3,42% em novembro e de 8,73% no ano. Nos últimos meses, as tensões associadas ao cenário internacional e às eleições presidenciais fizeram o dólar disparar. No exterior, o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, reduziu os estímulos monetários à maior economia do planeta, fazendo o dólar disparar em todo o mundo. Na semana passada, o Fed encerrou as injeções de dólares na economia mundial. No mercado interno, o dólar subiu nas semanas anteriores à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Em 27 de outubro, dia seguinte ao segundo turno, a moeda chegou a fechar em R$ 2,523, cotação superada anteontem (6). Nos dias posteriores, a moeda norte-americana passou a oscilar bastante, acumulando sessões de alta e de queda, mas voltou a subir consistentemente desde a última sexta-feira (31). O dólar não caiu apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,25% ao ano. Em tese, os juros domésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para os aplicadores internacionais. Na Bolsa de Valores, a sexta-feira terminou com ganhos. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão com alta de 1,1%. As ações da Petrobras subiram 1,78% no dia seguinte ao anúncio do aumento da gasolina e do diesel. Anteontem (6), o Ibovespa tinha fechado em queda de 1,98%.
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