Alexandre Bez, psicólogo, escritor e especialista em Relacionamentos e Ansiedade descreve o assassino em série de Goiânia
O serial killer, conhecido também como matador em série, é um predador e possui uma psicogênese permeada por uma desestrutura sexual, independente dos motivos que a originaram. No caso do matador de Goiânia que confessou ter assassinado 39 pessoas e foi preso na semana passada, não é diferente, pois existe uma conotação de frustração, baixo-limite a tolerância e principalmente de impotência sexual. A questão sexual do serial killer sempre será manifestada em seus crimes e são alavancadas por humilhação, sofrimento sexual da vítima, necrofilia e sadismo. O seu princípio é sempre o mesmo, colocar a vítima como um troféu, em substituição a carência de sua satisfação sexual normal. Isso explica o porquê o assassino de Goiânia, denominava suas vítimas como números, já outros seriais guardam objetos ou restos mortais. Classificamos como serial killer um assassino que já tenha matado pelo menos três vítimas desconhecidas e pegas aleatoriamente em situações vulneráveis. Perfis de pedestres, pessoas em ponto de ônibus, prostitutas ou esportistas na rua, geralmente são os principais alvos. Os assassinos em série sentem uma necessidade em dominar sadicamente suas vítimas e quase sempre seus assassinatos são motivados por prazer, possuindo algo que os especialistas chamam de M.O. (Modos Operantes). O psicólogo Alexandre Bez, especializado em Ansiedade e Síndrome do Pânico fez uma lista alguns dos principais seriais killers do mundo, que cometeram crimes que chocaram a sociedade e fizeram de maneira trágica e sádica muitas vítimas. Henry Lee Lucas: Assassino em série americano, condenado por 600 assassinatos. Sua desculpa recaia sobre a sua criação, pois culpava a mãe que o obrigava a vê-la transando com muitos homens. Ao ser preso confessou ter matado mais de 600 pessoas, chegando a matar duas vezes por semana durante anos. Sua condenação foi a pena de morte, porém com a confissão total de seus crimes a pena foi alterada para prisão perpétua, porém o assassino acabou morrendo na prisão. Seu método de assassinato constituía em molestar, matar de forma cruel e retirar alguns membros do corpo das vítimas. Jeffrey Dahmer: Assassinou 20 homens, além de praticar estupro, canibalismo e necrofilia, tanto masculino como feminino. O assassino escondia o corpo de suas vítimas em casa e teve sua história contada em dois filmes e algumas músicas. Jefrey foi julgado e condenado a prisão perpétua, porém foi assassinado na prisão. Tedy Bundy: O serial killer mais famoso da história usava o charme e a sedução, pois era formado em Direito e possuía uma boa condição econômica. Em seus crimes a forma com a qual ele assassinava a vítima era sempre a mesma com sequestros, estupro e violência. Tedy culpava a pornografia pela origem de seus crimes e chegou a fugir diversas vezes da cadeia. Extremamente inteligente Tedy fez sua própria defesa, porém acabou condenado à pena de morte, sendo executado pela cadeira elétrica em 1989. O assassino em série ficou famoso em todo o mundo por todos os seus crimes e beleza, chegou a ter um filme que conta sua história, casar na prisão e receber cartas de admiradoras de todo o mundo que queriam casar com ele. Herbert Mullin: Assassino extremamente agressivo matava pelo simples prazer que isso causava. Diferentemente de muitos assassinos, Herbert teve uma infância exemplar, com recomendações positivas de seus professores na escola. Mas se culpava por achar que tinha tendências homossexuais, por isso tentou ser padre e cometia duras penitências consigo mesmo como se jogar no chão queimar cigarros em sua pele. Expulso do seminário e por não conseguir fugir de seus desejos o serial foi se tornando uma pessoa cada vez mais sádica, assassinando suas vítimas de forma fria, dilacerando seus corpos e os deixando em rodovias. Ao ser preso foi condenado à pena de morte, porém por ter confessado seus crimes e ajudado a polícia, teve prisão perpétua decretada. John Wayne Gracy: Matou mais de 30 garotos. Não admitia sua homossexualidade. Em função de sua psicopatia, matava as vítimas projetando sua homossexualidade nelas. Fazia do porão de sua casa um cemitério e era lá que ele torturava, molestava crianças e jovens na faixa etária de nove e vinte e sete anos. Ao ser preso disse que nunca havia matado e que os verdadeiros assassinos eram suas múltiplas personalidades conhecidas como: John, O Empreiteiro; John, O Palhaço; John, O Político e John, O Assassino. Condenado a pena de morte em momento algum John manifestou arrependimento sobre seus crimes e ao ser questionado sobre o porquê matou crianças e jovens disse: “Eles não passavam de um bando de vagabundos ou gays”. O assassino foi morto em 10 de maio de 1994, aos 52 anos.
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