A cidade de São Paulo registrou ontem (17) temperatura recorde. Por volta das 14h os termômetros da Estação Meteorológica Jaçanã/Tremembé, na zona norte, marcaram 39,3 graus Celsius (ºC). Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), é a maior temperatura desde o começo das medições, em 2000. O recorde anterior ocorreu em 2006, quando foram registrados 39,2°C. Na Estação do Mirante de Santana, também na zona norte, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aferiu a maior temperatura dos últimos 71 anos, quando começaram as medições (37,8°C). O recorde anterior foi em janeiro de 1999, quando os termômetros da estação marcaram 37°C. O ar seco dos últimos dias tem aumentado sensação de desconforto. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil chegou a decretar estado de atenção das 12h55 as 15h15, quando a umidade ficou abaixo dos 30%. Segundo ao meteorologista do Inmet, Helena Turon, o calor deve continuar até domingo (19). “Domingo vai ficar mais quente ainda”, disse a especialista. No entanto, durante a noite, a chegada de uma frente fria deve aliviar a temperatura e aumentar a umidade do ar. “Com a aproximação da frente fria, no domingo, chove. Na segunda-feira também estamos esperando chuva. Não será uma chuva como a gente tem quando vem aquele canal de umidade da Amazônia. Mas será uma chuva mais forte do que as que nós estávamos tendo”, explicou. O calor e a baixa umidade tem sido causados, de acordo com Helena, por um sistema de alta pressão, que impede a formação de chuvas. “Ás vezes acontece de atuar uma alta pressão e ela forma um bloqueio para as frentes frias entrarem e para essa umidade que vem da Amazônia também entrar”, explicou sobre o fenômeno. O sábado (18) deve repetir as condições de sexta-feira. De acordo com o CGE, a umidade deve ficar abaixo dos 30% e a temperatura pode superar os 35°C.
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