Observação de baleias franca e jubarte reforçam a vocação do país como destino de ecoturismo e natureza
O litoral do extremo sul da Bahia oferece, até novembro, um programa diferente para turistas de todo os quadrantes. É a temporada das baleias jubarte, que escolhem as águas quentes do mar baiano para reprodução e amamentação dos filhotes, e propiciam a prática do whatewatching ou turismo de observação de baleias. A visita anual dos mamíferos ao litoral baiano, no período de julho a novembro, rendeu ao local a denominação de Costa das Baleias, importante atrativo turístico do estado. No Brasil, a Bahia abriga o maior número de destinos de observação de jubarte, segundo a Secretaria Estadual de Turismo – com destaque para Praia do Forte, Morro de São Paulo, Itacaré, Barra Grande, Cumuruxatiba e Porto Seguro. Todo esse patrimônio natural integra o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, considerado o maior berçário reprodutivo da espécie em todo o Atlântico Sul Ocidental. O Ministério do Turismo, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Sebrae trabalham em parceria para estimular a visitação sustentável nas unidades de conservação, ampliando a oferta de produtos e serviços turísticos e criando novas oportunidades para as populações que vivem no entorno dos parques. Atividades como a observação de baleias, aves, insetos, flores, entre outros, são atrativos do ecoturismo e turismo de natureza, segmento que atrai cerca 10% dos turistas do mundo, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). De acordo com pesquisadores do segmento, a observação de baleias movimenta cerca de 13 milhões de pessoas ao ano e gera uma receita de US$ 2 bilhões na economia mundial – e empregos para mais de 13 mil pessoas. Além da Bahia, o litoral de Santa Catarina tem a observação de baleias como atração turística. Lá, o mar é das baleias francas, que escaparam da extinção, e hoje podem ser avistadas das praias, já que a observação embarcada está suspensa.
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