O piso intertravado é uma peça modular de concreto, que pode ser produzida em diversas formas, cores e texturas e que, disposta em conjunto com outras peças, acaba criando grandes áreas de superfícies pavimentadas, destinadas à utilização por pessoas e veículos leves ou pesados. Nessa pavimentação, ocorre a transmissão de parte da carga de uma peça para a peça vizinha através do atrito lateral, que é garantido pelo preenchimento das juntas entre as peças com areia fina. Mas, para isso, ele precisa ter resistência, que é medida em MPa (Mega Pascal), uma unidade de medida de pressão, sendo que cada tipo de tráfego requer uma resistência específica. “Quem regulamenta a fabricação dessas peças é a norma NBR 9781:1987, que estabelece que a resistência desse pavimento deve ser de 35MPa para tráfego leve a moderado e 50MPa para tráfego pesado”, explica o diretor comercial da Petra Artefatos de Concreto (www.petra.ind.br), empresa especializada na fabricação de produtos a base de concreto, como pavimentos, tubos, guias e sarjetas. Para verificar a resistência do material é realizado o teste de rompimento para saber qual a carga máxima de MP, sendo que1 MPa equivale a 10 kgf/cm² ou 1 MPa = 1x10^6 Pascal. “Todo fabricante deve ter o laudo do teste realizado para cada lote de fabricação constando a resistência do material. Esse teste é realizado periodicamente para garantir a qualidade do material entregue ao cliente. Se o material não atende a este mínimo exigido é mais provável que ocorram trincas ou quebra no material durante a instalação, ou até mesmo quando começar o fluxo de veículos ou pedestres no local, ou seja, é imprescindível que os testes sejam feitos”, comenta Sgarbieiro. Ele ainda diz que o indicado é que o lote para controle de recebimento seja formado por até 1600 m², sendo que para até 300 m², seis peças devem ser retiradas para amostra e, para cada 50 m², uma peça. “Se for identificado mais de 5% de peças defeituosas na análise visual e as amostras não atenderem as exigências dimensionais e de resistência, o lote deve ser rejeitado”, explica o diretor comercial da Petra. Sgarbieiro lembra que o uso de peças que não atingem a resistência mínima, ou estejam quebradas, comprometem a obra, causando abrasão das peças e rachadura. “A espessura das peças varia de acordo com o tráfego a que estarão submetidas, sendo que é recomendado que o piso tenha uma espessura de 60 mm para o tráfego leve, 80 mm para o tráfego de veículos comerciais ou pesados e 100 mm ou 120 mm para tráfego muito pesado”, finaliza Sgarbieiro.
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