Arquivo JRS | |
Na escola estadual do Perequê-mirim [em Ubatuba, SP], cujo nome homenageia a querida professora Flora (Florentina), o tema deste ano (2014) é a cultura caiçara. Sábado, 23/8, na parte da manhã, mais uma etapa foi apresentada à comunidade. A programação iniciou com o Ezequiel, do Sertão da Quina, contando uma história que ele resgatou da tradição oral, lá no seu bairro. Em outra ocasião eu entrarei em detalhes do que se perpetuou a respeito do Anjo Mau, um lugar da Serra do Mar. Em seguida, Seo Higino, criador de mexilhão da Barra Seca, juntamente com o Élder Giraud, da Enseada, dando uma aula de como acontece os primeiros passos dessa atividade, destacou a importância dos alunos e da escola em promover esse tipo de aula, essa forma de educar. Afinal, além de fonte alimentar e econômica, o marisco (mexilhão) também contribui para a saúde do mar. “Comer marisco sempre fez parte da nossa cultura”. Prosseguindo as apresentações, veio um grupo de alunos, animado pela professora Célia, narrando e cantando a Lenda do Boi de Conchas. Depois, enquanto na cozinha o lambe-lambe (arroz com marisco) entrava na reta final de preparo, ainda houve tempo para apreciar a exposição dos trabalhos referentes ao tema, conversar com os pais e assistir a uma partida de futebol na quadra. Finalizando, saboreamos o delicioso almoço, conversamos e rimos bastante. Coisa boa! Saldo muito positivo! Viva todo o pessoal que nos deu mais um exemplo de educação contextualizada! “Enquanto os políticos e alguns níveis da hierarquia educacional exercem a demagogia, nós avançamos na pedagogia, vamos fazendo caminhos (métodos)”. São momentos assim, repletos de pessoas especiais, que me recorda a frase do Wladimir Ghika: “A perfeição moral consiste em fazermos sob a inspiração do amor o que faríamos por exigência do dever”. Por enquanto é só. Agora vou continuar embalado pelo canto da (o) sabiá-laranjeira no pé de carambola do meu quintal. Bom dia mesmo!
|