Seja para adquirir autoconhecimento em um novo cenário, fazer amigos ou mesmo por falta de companhia, é cada vez maior o número de viajantes que optam por embarcar numa aventura desacompanhados. Pesquisa do Ministério do Turismo revelou que os brasileiros estão mais empenhados em viajar sozinhos. O percentual atingiu 17,7% dos brasileiros que pretendem viajar, principalmente na faixa dos turistas de até 35 anos. Eduardo Martins, diretor da Keep Company Viagem para Solteiros (www.viagemparasolteiros.com.br), tira as principais dúvidas de quem deseja viver esta experiência: Você não está sozinho – É grande o número de pessoas que embarcam sem companhia de amigos, parentes ou par romântico. Segundo Eduardo Martins, os viajantes solteiros são pessoas economicamente ativas, na faixa etária de 30 a 55 anos, com nível universitário, que viajam em média cinco vezes por ano, independentes e que desejam se relacionar dentro de um grupo. “Há ainda os que tem tempo para viajar, dinheiro, vontade de viajar e não o fazem por falta de companhia”. Procure sua turma – O diretor da Keep Company explica que muitos viajantes solitários se sentem frustrados quando procuram as agências de turismo convencionais que vendem pacotes para público formado em geral por famílias, casais em lua de mel, crianças ou grupo fechados que não estão abertos a novas amizades, o que deixa os viajantes solteiros deslocados. Em agências especializadas, é possível encontrar outros viajantes solteiros, aumentado em muito as chances de integração do grupo. Medo? – Há quem sonhe em viajar e não vá por não ter companhia, por temer a insegurança, solidão, por não falar outra língua ou por medo de se frustrar. Mais um motivo para procurar uma agência especializada em turismo single. “Nada impede de ir sozinho, a dificuldade é maior caso o viajante não domine uma segunda língua, seja para fechar passeios, pedir informações turísticas ou mesmo interagir com os locais. Além de boa companhia, os viajantes da Keep Company contam com guias falando português”, revela Eduardo Martins. Destinos preferidos – Grandes metrópoles, como Lisboa, Madri e Paris, são os destinos preferidos de quem encara uma viagem solo por conta da facilidade de locomoção, pela oferta de atividades turísticas e pela diversidade de viajantes. Em destinos exóticos ou com costumes diferentes dos ocidentais – principalmente com relação às mulheres –, nada melhor do que estar em turma. “Em países como Turquia, África do Sul e Índia, há maior procura por viagens em grupo principalmente por mulheres que se sentem inseguras com os costumes diferentes, mas que não abrem mão de conhecer uma nova cultura”, enfatiza Eduardo. Onde ficar? – Todo viajante solteiro já ouviu falar que a melhor opção para fazer novas amizades é se hospedar em hostels ou albergues da juventude. Eduardo Martins concorda que o ambiente de sociabilidade e a alta frequência propiciam o contato entre viajantes e o interesse por novas amizades. Ao mesmo tempo, nem todos os viajantes têm o perfil de dividir o quarto com desconhecidos e tampouco dominam outra língua, assim o viajante solo continuaria sozinho do mesmo jeito. “Pelo baixo custo da hospedagem, os hostels não recebem apenas turistas em buscas de novas amizades. Principalmente em países de primeiro mundo, há muitos imigrantes de países em desenvolvimento que chegam em busca de trabalho, sem contar que em um ambiente de alta rotatividade sempre há o risco de ter objetos pessoais subtraídos”, conta Eduardo. Fique atento – Para a segurança do viajante, em qualquer país do mundo, a dica é jamais andar com passaporte original na bolsa ou na carteira. Este é o documento mais importante do turista e deve permanecer trancado no cofre do quarto do hotel e andar apenas com uma cópia do documento. Nunca é demais lembrar que é preciso tomar cuidado com dinheiro e cartões de crédito e vestir-se de forma menos extravagante possível afim de evitar chamar a atenção de criminosos. Outra dica de ouro é viajar com pouca bagagem. “No Brasil, as companhias aéreas permitem que o viajante embarque com duas malas de 32 kg, mas é melhor se desprender de tanto peso porque em muitos voos na Europa, o limite é de dois volumes de até 22 kg”, lembra o diretor da Keep Company. Não se esqueça também de levar pelo menos duas trocas de roupa na bagagem de mão, para não passar por apuros em caso de extravio de bagagem.
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