Na nova trama da Globo, Império, temos a oportunidade de acompanhar o perfil de uma autêntica invejosa. A personagem Cora, interpretada por Marjorie Estiano na primeira fase e Drica Moraes na segunda fase, esboça os traços da inveja de modo fiel ao sentimento. Cora, sempre teve inveja da vida da irmã Eliane (Vanessa Giácomo na primeira fase e Malu Galli, na segunda), casada e com um lar praticamente estável. Ela explode de ódio ao ver que Eliane pretende ir embora com seu grande amor, Zé Alfredo, interpretado por Chay Suede na primeira fase e Alexandre Nero na segunda fase. Então ela se finge de amiga, característica marcante dos invejosos que se utilizam desse disfarce para monitorar e investigar a vida de seu alvo. A inveja sempre existiu e provavelmente continuará existindo até o fim dos tempos. Esse sentimento foi identificado anos antes de Cristo, protagonizado por Caim, que matou seu irmão Abel, manifestando o primeiro crime de ódio da humanidade. O sentimento da cobiça é motivado muitas vezes por ódio e raiva e na trama Império não é diferente, pois Cora sentiu isso a vida toda e expôs esses sentimentos para a irmã em seu leito de morte, sem respeitá-la, relatando que desde pequena sentia raiva por ela ser a mais bonita e a mais querida. O que, muitas vezes não é a verdade e sim fantasia do inconsciente do indivíduo. Em meu romance “Inveja o Inimigo Oculto” descrevo os sinais característicos dos invejosos, entre eles: • A frustração do invejoso em ter que conviver com o sucesso alheio; • A proteção em um manto de falsidade e dissimulação, dificultando o diagnóstico que poderia identificá-los; • O prazer que o mesmo sente com o sofrimento alheio, como se ele ficasse mais feliz a cada vez que algo desse errado para o invejado; • Ele praticamente se abstém de sua vida sexual para que com isso possa canalizar toda a sua energia libidinal e com essa energia destruir o outro, utilizando-se de algum plano bem elaborado. Nota do Editor: Alexandre Bez é psicólogo e especialista em relacionamentos.
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