A homossexualidade é um tema atual, constante e cada vez mais se pode dizer que, aos poucos, muitos tabus têm sido derrubados. Há vinte e um anos a Organização Mundial de Saúde (OMS), retirou o termo homossexualismo da lista internacional de doenças, pois até então muitos países lidavam com a questão como caso de saúde pública. A partir disso muitas coisas foram mudando, o termo homossexualismo que por conta do “ismo”, denota doença virou homossexualidade. Casais antes escondidos, começaram a assumir seus relacionamentos, uniões de anos foram reconhecidas e o casamento gay foi aceito. Não podemos negar que o preconceito ainda existe e devemos pensar nisso todos os dias, pois muitas pessoas consideram a homossexualidade como algo bizarro, ligado ao mau exemplo ou à banalidade sexual da vida ou de relacionamentos. Outro fator preocupante ou no mínimo curioso é que muitos homens que repudiam ou descriminam casais homossexuais, principalmente o composto pelo sexo masculino sonham em sair com duas mulheres. Em um mundo ainda machista, muitas pessoas buscam o padrão de família convencional, o homem provedor do alimento, mulher a cuidadora da casa e os filhos, crianças felizes e plenas com a harmonia da casa. Embora esse padrão realmente exista e muitas vezes sejam felizes, não podemos fingir que os novos tipos de famílias compostos por duas mulheres e uma criança, dois homens e uma criança também existem e podem sim ser tão felizes quanto uma família formada por casais heterossexuais. Um exemplo que pode ser visto e discutido de maneira positiva é o caso do casal lésbico, Clara e Marina, interpretadas por Giovanana Antonelli e Tainá Muller, na novela Em Família. Recentemente, vimos Clara ser pedida em casamento por Marina. Isso é efetivamente positivo, pois consagra esse tipo de união mostrando para a sociedade que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo existe sim. Ou seja, a homossexualidade, configura-se da mesma maneira tanto para o sexo masculino quanto para o feminino. Ter essa concepção atualizada na mente pode ajudar a afastar um preconceito já existente contra esse tipo de opção sexual, que é natural, pois o sexo é baseado na porção psicológica da mente. Portanto, é de responsabilidade da psicologia, jamais do orgânico e do biológico da pessoa. A parcela da sociedade que, apesar de tudo o que foi dito, ainda despreza o homossexual, deveria rever seus conceitos, exercitar a tolerância, pois isso faz parte de um comportamento antiquado, relacionada a uma classe preconceituosa. O que devemos seguir e ensinar para os mais jovens é que o respeito deve existir acima de qualquer escolha, opção, tendência, cor, religião, acima de qualquer diferença. Nota do Editor: Alexandre Bez é psicólogo e escritor.
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