O mês de maio é considerado o mês das noivas devido a uma tradição praticada por países do hemisfério norte que associam a chegada da primavera com a feminilidade e o romantismo. Nessa ocasião muitos casais optam pelo casamento da igreja e no cartório para realizarem um sonho ou até mesmo oficializar de maneira formal. Mas, se a ideia romântica permanece, a prática tem perdido força, pois com o passar dos anos e a liberdade feminina obtida nas últimas duas décadas muitos casais têm optado pela praticidade matrimonial. O crescimento desse tipo de “união” é sinal da evolução social que envolve todas as idades, sexo e nacionalidades, permitindo que os mesmos conheçam seus parceiros, obtendo uma noção mais específica do que é relacionar–se diariamente. Com essa experiência o casal pode ver se está disposto a oficializar a união, testar sua individualidade dentro do relacionamento sem perder a cumplicidade, ver se convivem bem ao administrar todos os âmbitos da relação, incluindo a vida sexual, que deve ser satisfatória para ambos com qualidade e entrega, podendo concluir assim se essa pessoa é o companheiro(a) ideal. Outra vantagem com os relacionamentos modernos, é que se não há escritura lavrada em cartório e, em uma eventualidade de rompimento o stress pós–separação é menos traumático por não envolver o lado psicológico em lidar diretamente com as frustrações ocasionadas pela separação tradicional, pois em um rompimento não tradicional embora haja sentimento e uma história envolvida, sem a parte burocrática a separação fica um pouco mais simples. Acredito que a alternativa de morar junto seja válida para os dias de hoje justamente por permitir conhecer o outro mais profundamente, sem sabotar a possível decisão de um casamento convencional no futuro, de acordo com os sentimentos recrutados, na experiência de seu prévio estágio matrimonial. Veja alguns questionamentos fundamentais em qualquer relação: 1 – Nessa prévia experiência você é feliz com ele? 2 – Cuidado para não sair desta zona de conforto, se estabilizando nessa relação. 3 – Nesse período de experiências você percebe mais defeitos e divergências do que o oposto? 4 – Ele é o companheiro que você realmente queria? 5 – Há o respeito em relação às tarefas de cada um no lar? 6 – Existe o comum acordo, em relação ao pagamento das despesas do lar, pois sim, elas existem mesmo em situações de lua de mel. 7 – Está feliz com a cumplicidade praticada no casal? 8 – Conseguem dentro de uma postura conjugal, manter a sua individualidade? 9 – A sua vida sexual é satisfatória? Inclui frequência, qualidade e entrega. 10 – A rotina conjugal lhe agrada ou te deixa entediada? Nota do Editor: Alexandre Bez é psicólogo e escritor.
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