O mês de abril traz duas datas muito importantes para a literatura infantil. No dia 2 foi celebrado o Dia Internacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen; no Brasil, 18 de Abril é o Dia Nacional do Livro Infantil, que marca o nascimento do escritor Monteiro Lobato. O Patinho Feio e o Soldadinho de Chumbo, de Andersen e, a boneca Emília e o Visconde de Sabugosa, de Lobato, estão presentes na vida de pessoas de diferentes gerações, seja por meio das páginas dos livros ou da popularização dos personagens na televisão. Com o avanço das tecnologias e com a multiplicidade de informações à disposição, como fica o legado deixado pelos clássicos da literatura? E como alcançar os 88,2 milhões de brasileiros que não têm o hábito de ler? Hoje, crianças têm celulares, só se fala em Facebook, Instagram, Twitter e a internet é a maior fonte de buscas. Pode parecer que o mundo analógico foi esquecido, mas, ao invés de pensar na substituição dos livros impressos pelos digitais, será que eles não podem andar juntos? O livro “de papel” não deve perder o seu valor, assim como o rádio não deixou de existir com a invenção da televisão. Recentemente um importante jornal de São Paulo fez uma matéria sobre o que as pessoas leem enquanto estão no metrô e o texto perguntava quem já não ficara curioso para saber o que a pessoa ao lado estava lendo. Muitos dos personagens contaram que estar no metrô era um momento único de leitura, do qual não abriam mão. Alguns estavam estudando em livros didáticos, outros lendo romances, ou ainda obras classificadas por eles como leves, só para relaxar no percurso. Agora, se eles estão lendo no papel ou em tablets, não importa. O importante é que estão aproveitando seu tempo para ler, já que as histórias vêm e virão em novos formatos. Nota do Editor: Antonio Rios é presidente do Instituto Pró-Livro (www.prolivro.org.br).
|