A culinária brasileira tem uma grande mistura de tradições e ingredientes. Algumas receitas, de tão conhecidas, são replicadas por todo o país. É o caso da pamonha, hoje comum nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Tocantins, além de algumas cidades da região nordeste. O segredo de uma boa pamonha é cozinhar o milho até que sua massa alcance uma consistência firme e macia. Mas, o sabor pode variar de acordo com a região. No Nordeste, por exemplo, a receita inclui leite de coco, e a pamonha é servida como sobremesa. Em Minas Gerais e São Paulo, a pamonha também é açucarada, mas com uma diferença: a massa é coada para separar a parte grossa do milho. Não há consenso sobre a origem da pamonha. Há relatos de que foi trazida pelos escravos africanos, mas os índios andinos já a conheciam há muito tempo. De qualquer forma, a cidade de Piracicaba (SP) tornou-se famosa por sua grande produção de pamonhas entre os anos 1960 e 1970. O sucesso virou bordão em carros de som que vendem o quitute por todo o país: “Pamonhas fresquinhas, pamonhas de Piracicaba, é o puro creme do milho! Venham experimentar estas delícias...” Para os curiosos, o nome pamonha vem da palavra tupi “pa'muñã”, que significa pegajoso. A maior pamonha do mundo foi preparada, em 2010, por agricultores do município de Cáceres, em Mato Grosso. Ela pesava 650 quilos e foi suficiente para alimentar três mil pessoas. Pamonha, pamonha, prove essa delícia.
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