Os médicos da Câmara dos Deputados, que analisam o pedido de aposentadoria, por invalidez, do ex-parlamentar José Genoino (PT-SP) - um dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão - pediram mais um exame, conhecido como angiorressonância de tórax, antes do laudo final. Com o novo pedido, não há previsão de data para que a junta médica da Casa divulgue o resultado da análise. A expectativa, até o final da manhã de ontem (25), era que um novo laudo ficasse pronto até o dia 28. Na última semana, os médicos negaram o pedido de Genoino. Reconheceram que o petista tem pressão alta, mas não é portador de cardiopatia grave. Não teria, portanto, direito a aposentadoria integral. Genoino apresentou novos exames, incluindo o monitoramento ambulatorial da pressão arterial. O ex-deputado, que renunciou ao mandato da Câmara, já estava aposentado por tempo de contribuição, recebendo cerca de R$ 20 mil por mês. Caso a junta médica confirme a gravidade de seu estado, Genoino passará a receber integralmente os R$ 26,7 mil pagos atualmente aos parlamentares que estão no exercício do mandato. O pedido já foi negado duas vezes pela equipe médica da Câmara. A primeira negativa foi feita em novembro do ano passado, quando os médicos concluíram que não havia diagnóstico de cardiopatia grave, do ponto de vista médico pericial, e recomendaram nova análise em 90 dias, que foi o resultado divulgado este mês. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), já afirmou que a análise é estritamente técnica, e não sofrerá qualquer influência política.
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