Não é necessário invadir a privacidade pública para conduzir uma cidade de modo tranquilo e seguro
Você sabe o que está acontecendo na sua cidade nesse instante? Como os parques e espaços públicos estão sendo utilizados? E o vandalismo? Está sendo prevenido? Existem áreas que se beneficiariam com mais medidas de segurança e vigilância? Especialmente com a chegada da Copa do Mundo e das eleições em 2014 no Brasil, integrar um sistema de monitoramento em uma única central de controle para parques, praças, ruas e prédios públicos ajudaria administradores públicos a responderem essas perguntas e a implementarem planos para uma cidade mais segura. Um sistema integrado dá às pessoas corretas acesso às informações relevantes para seus propósitos. Utilizada dessa forma, a vigilância irá beneficiar tanto os responsáveis pela segurança como aos cidadãos. É claro que há desafios para cada tipo de instalação, mas existem soluções tecnológicas que podem superá-los. Quando se trata de videomonitoramento, cada local tem seus próprios obstáculos. A total integração por meio de um sistema de vídeo centralizado e interconectado entre cidade e câmeras é a melhor maneira de colher os resultados de um sistema de vigilância eficiente. Administrar uma cidade e tudo o que a envolve, da segurança ao planejamento, é complexo, para dizer o mínimo. Sempre há um número grande de incidentes que podem acontecer, de um simples congestionamento no trânsito a casos de vandalismo e crimes. É vital que as câmeras em uso sejam capazes de apontar um determinado lugar ou alvo com precisão, pois é comum que ocorram incidentes quando apenas o criminoso e a vítima estão presentes. Nesse caso, é importante a câmera também oferecer detecção por áudio com o apoio de um microfone. A adição de um alto-falante proporciona um efeito intimidante para o malfeitor. Tomemos como exemplo os estádios: tipicamente grandes, requerem equipamentos de vigilância que ofereçam cobertura de alta velocidade com zoom preciso, controle da área monitorada e rastreamento automático para seguir a rota de uma pessoa ou objeto quando necessário. Variações nas condições de iluminação e visibilidade restrita também podem dificultar o reconhecimento de movimentos e precisam ser levadas em consideração na escolha da câmera. A tecnologia Lightfinder, por exemplo, fornece imagens detalhadas mesmo no escuro. Locais amplos como praças e estacionamentos costumam ser áreas igualmente extensas com potencial para muitas ocorrências ao mesmo tempo, como roubos, sequestros etc. Esses lugares requisitam tanto uma visão ampla quanto um bom zoom para detalhes, então é importante ter câmeras com pan, tilt e zoom (PTZ) precisos. Mesmo com sombras e reflexos de luz, o zoom digital pode dar tanto uma visão ampla quanto detalhar o local monitorado por inteiro. E observar grandes áreas no formato 16:9 com imagens HD permite que qualquer atividade em progresso seja percebida. O coração de qualquer cidade está em suas ruas. Se estas não estão fluindo corretamente, tanto cidadãos quanto a alma da cidade, o comércio, podem ser prejudicados. O estado das estradas e trânsito também é importante para veículos de emergência e sua capacidade de alcançar seus destinos o mais rápido possível. Poder contar com imagens claras é a chave para o bom fluxo da cidade e para a identificação de rostos e placas em casos específicos. Ter uma câmera PTZ que produz imagens claras mesmo durante a noite ou em condições climáticas adversas permite que veículos e motoristas sejam identificados com exatidão. Novamente é importante que haja tanto uma visão panorâmica quanto uma imagem detalhada com identificação precisa de objetos e pessoas. A polícia, ou quem quer esteja monitorando o ocorrido pelas câmeras, precisa ser capaz de ler placas de automóveis de uma grande distância e ter foco rápido em objetos em movimento para controlar a atividade em tempo real, assim como para fazer uma avaliação do incidente posteriormente. Monitorar edifícios e escolas públicas também não é uma tarefa fácil, pois tendem a ter entradas grandes. Se as portas forem de vidro, podem dificultar a captura de imagens claras pelas câmeras por causa dos reflexos do material e das luzes fortes ao fundo. Mais uma vez é necessária a presença de câmeras capazes de rastrear objetos movendo-se dentro dos campos de visão de corredores e halls. Nesses locais é comum a presença de longos corredores e de perímetros que precisam de proteção imediata. A tecnologia é necessária nos portões de entrada, portas e áreas vulneráveis que se bifurcam em várias direções, para monitorar o tráfego com precisão e independente de sua velocidade. As instalações dessa natureza requerem vigilância discreta, como uma solução que ofereça boas imagens coloridas, mas apenas o bastante para a identificação, mesmo quando o uso de luzes brancas não for uma opção. Escolas, por exemplo, não costumam ter luzes brancas fortes em toda a extensão de suas instalações e mesmo assim precisam de uma solução de monitoramento que ofereça imagens claras para a identificação. Na época das eleições, tal medida se torna crucial para aumentar a segurança dos eleitores e combater a boca de urna. É claro que a ideia de um sistema de monitoramento centralizado e integrado é ótima em teoria. O desafio principal na execução de um plano como esse vem dos próprios cidadãos. As pessoas querem se sentir seguras sem sentir que estão sendo monitoradas, despertando o dilema privacidade pública x objetivos de vigilância da cidade. No entanto, isso não precisa ser um problema. Em uma cidade monitorada por câmeras de segurança, estas podem ser colocadas e direcionadas apenas para espaços públicos e não para dentro de construções residenciais e comerciais. E, em casos em que existam áreas sensíveis, máscaras de privacidade podem ser utilizadas para excluir aquela parte do campo monitorado. O sistema de videomonitoramento deveria ser visto como uma ferramenta para uma cidade mais segura. Por exemplo, câmeras instaladas em locais como parques e edifícios públicos podem ser uma extensão da força policial que trabalha sem parar para apoiar suas operações, coletando evidências e sendo usadas como ferramenta de investigação local em tempo real, permitindo à polícia fazer melhor uso de seus recursos. Com uma sala de controle centralizada, as câmeras fornecem acesso a imagens claras aos administradores da cidade e oficiais, o que é particularmente útil quando essas câmeras são instaladas em locais em que a polícia gostaria de estar, mas não pode. Por exemplo, se um oficial está em patrulha, pode visualizar o que está acontecendo em um parque tanto por seu celular como pelo computador sem sair de sua viatura para verificar se está tudo bem ou se sua presença se faz necessária. As câmeras instaladas não precisam trabalhar com um sistema de reconhecimento ou acervo pré-existente desde que tenham zoom de qualidade, pois elas podem identificar indivíduos. Se houver um incidente violento em um estádio, a polícia pode verificar as imagens para detectar os suspeitos, como e para onde podem ter fugido e com quem estavam. Se instaladas corretamente, câmeras de vigilância são uma forma de manter cidades seguras e tranquilas. Elas são um impedimento para comportamentos prejudiciais à sociedade e também uma ferramenta para as autoridades. É vital ter certeza de que o sistema de monitoramento tenha integração total e que a administração do software de vídeo e os processos de monitoramento e manutenção estejam centrados em uma única sala de controle para proteger e administrar a cidade com eficiência. Nota do Editor: Andrea Sorri é diretor de desenvolvimento de negócios da Axis Communications (www.axis.com).
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