Segundo a última Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, coordenada pelo Instituto Pró-Livro, é considerado leitor quem leu uma obra inteira ou em partes nos últimos três meses. À época do estudo (2011), o brasileiro havia lido, em média, 3,74 livros nos últimos três meses. Destes, ele leu 1,66 inteiros e 2,08 em partes. Para a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, esta média ainda é pequena, mas já é possível sentir, no dia a dia, a mudança de comportamento da população com relação ao hábito de leitura. “Vários fatores tem contribuído para que cada vez mais pessoas e de diferentes classes sociais se interessem por livros. Um deles, é a redução dos preços das publicações. O preço médio dos livros, em termos reais, é 41% abaixo do vigente em 2004, por exemplo. Por outro lado, inúmeras iniciativas para incentivar o hábito de leitura acontecem em todos os cantos do país, como a realização de feiras e bienais de livros, que, a cada ano, tem atraído uma multidão de frequentadores (potenciais leitores) nos locais onde são realizadas”. Karine Pansa atua no mercado editorial há 20 anos. Ela é incansável quando o assunto é fazer valer os princípios da entidade, que é a construção de um país com melhor educação, por meio da valorização e disseminação do livro. Na CBL, participa de comissões internas no âmbito da Câmara Brasileira do Livro, com o objetivo de discutir temas relevantes, tais como melhoria das bibliotecas, estudo do mercado do livro brasileiro, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a participação do Brasil em feiras de livros nacionais e internacionais, e o Congresso Internacional do Livro Digital, que já realizou sua quarta edição. A presidente da CBL também defende a publicação da liberação de biografias não autorizadas, como forma de garantir a liberdade de expressão. “As ações da CBL e os esforços desta importante entidade do setor editorial são para transformar o Brasil num país de leitores plenos”, diz Karine.
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