Seja em casa, em áreas comuns de condomínios ou espaços comerciais, as árvores fazem toda a diferença
É indiscutível que as árvores deixam as áreas urbanas mais bonitas e mais inspiradoras, mas a plantação de árvores vai além da beleza, trazendo qualidade de vida. Causando melhoria do ar com diminuição da poluição, mais sombreamento e frescor, o que permite uma temperatura mais agradável, as árvores também reduzem o excesso de ruídos das grandes cidades ou regiões próximas a rodovias. Mesmo assim, ninguém pode sair plantando qualquer espécie nas calçadas. Se for dentro do terreno de uma casa o plantio de árvores é livre, em condomínios residenciais e comerciais o plantio de árvores pode ser feito se for de comum acordo dos proprietários; nestes dois casos o ideal é a contratação de um paisagista, que faça um projeto que se encaixe no perfil do local, nas condições de solo, insolação e outras preocupações que devem ser levadas em conta como jardins sobre lajes de garagem e a altura das copas das árvores que podem reduzir a claridade interna nos apartamentos mais baixos. Já em calçadas de ruas de bairros ou cidades é necessário consultar o departamento de meio ambiente regional ou consultar as regras da prefeitura ou subprefeitura, que podem variar, dependendo da localidade. O planejamento ornamental no plantio de árvores exige cuidado e conhecimento técnico para que elas não se tornem impróprias ao local, depois de crescidas. Para isso, as espécies devem ser muito bem escolhidas, pois a ausência de um plano antecipado pode ocorrer na quebra da calçada, danos à rede elétrica e no comprometimento de edificações. Caso a calçada não seja feita totalmente com cobertura vegetal e tenha pisos ou cimento, ela pode prejudicar o desenvolvimento da espécie. Os canteiros para plantio de árvores em calçadas devem ser permeáveis para um melhor desenvolvimento da planta. O espaço deixado para raiz e tronco se desenvolverem deve ser de pelo menos 1 x 1 m, variando de acordo com a espécie, pois geralmente canteiros menores acabam prejudicando o crescimento da planta e das raízes. A definição das espécies de um projeto paisagístico dependerá do clima da região, do tamanho do local e do objetivo da área verde. Para evitar problemas com fiações subterrâneas, são recomendados espécies com raízes menos agressivas. Algumas árvores frutíferas podem ser uma boa opção, como, por exemplo, laranjeira, mexeriqueira, pitangueira e romãzeira que são menores; já macieira, kiwizeiro ou amoreira são mais rústicas com raízes invasivas. Cada jardim pode ter um estilo diferente, como o ‘clássico’, composto por mudas podadas, como buxinhos, murtas, azaléias, além de pinheiros como a kaizuca, mais solicitada neste tipo de paisagismo. Outro estilo muito utilizado é o ‘tropical’, com espécies de folhas largas e flores em boa parte do ano, onde são utilizadas palmeiras, alpinas, heliconias, philodendros, dentre muitas outras classes tropicais. A escolha de diferentes espécies com alturas diversas tornam o paisagismo visualmente agradável e harmonioso inclusive em relação à arquitetura da construção. Mas não basta plantar, é necessário fazer uma manutenção com podas corretas mensais para conter o crescimento. Por questão de segurança, quando as copas das árvores próximas à rede de energia estiverem sem manutenção há muito tempo, e estiverem atingindo os fios elétricos, deve-se chamar a concessionaria de energia da cidade solicitando a poda. Hoje é possível contratar um trabalho especializado de manutenção terceirizado, que cuide para que o paisagismo permaneça sempre bonito e verdinho. Nota do Editor: Daniela Sedo (www.danielasedo.com.br) é arquiteta e paisagista.
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