A notícia que a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será em Cracóvia, na Polônia, em 2016, foi dada pelo papa Francisco, durante a Missa de Envio, antes da oração do Angelus, e foi recebida com muitos aplausos e alegria pelos fiéis. A missa é a última celebrada por Francisco no Rio. Logo após a oração, muitos gritaram o nome do país e do papa João Paulo II, em cujo pontificado começaram a ser realizadas as jornadas da Juventude. Bandeiras da Polônia são agitadas a todo momento e faixas com o nome de João Paulo II são erguidas pelos que acompanharam a cerimônia. Um grupo de 30 pessoas, que vieram de Varsóvia, comemorou a confirmação da escolha da cidade de Cracóvia para a próxima jornada e convidou os brasileiros a conhecer a Polônia. Um deles, o padre Krystian Chmiefewski, disse que vai ser difícil fazer uma JMJ melhor que a do Brasil. “Para nós, apesar de tudo, o Rio foi melhor do que Madri [em 2011] e que a Alemanha [em Colônia, em 2005]. O espírito do povo, alegre e fácil, inclusive dos motoristas de ônibus, que pararam inúmeras vezes para nos deixar tirar fotos, é uma coisa incrível no Brasil", elogiou Chmiefewski. O estudante Mikhal Sadownikis, de 18 anos, ressaltou que é difícil imaginar tantas pessoas reunidas na Polônia, mas disse que receberá com a mesma hospitalidade os brasileiros e pessoas de outras nações que forem à próxima jornada. “Estou muito feliz, venham para a minha cidade. Vou recebê-los na minha casa.” Reunidos nas areias da Praia de Copacabana, entre o Posto 5 e o 6, onde passaram a noite, dez jovens da cidade de Gdynia, na Polônia, ficaram emocionados com a escolha de uma cidade polonesa para sede da próxima jornada. "A Polônia merece. Somos um grupo grande de católicos, mas as pessoas não praticam, não vão à igreja. A Jornada Mundial da Juventude vai dar esperança ao povo polonês, que também tem sofrido com a situação política", disse Patrick Lehmann, de 18 anos. Todos os integrantes do grupo convidam os brasileiros a conhecer Cracóvia. "Venham, vocês vão gostar, vamos retribuir", reforçou o padre Krystian. Ao comentar a escolha de Cracóvia para sede da próxima JMJ, o arcebispo da cidade, dom Stanislaw Dziwisz, que participou da missa, disse que os poloneses esperaram muito por este momento. Segundo ele, há um grande entusiasmo, não só entre os jovens poloneses, mas entre todos os que estão no Rio. "Estou seguro de que, neste momento, em Cracóvia, a alegria é incontida, porque é desejo de todos ser tocados com mais profundidade ainda pelo amor de Cristo", afirmou o arcebispo. "Esta decisão é uma expressão de gratidão a Deus pela próxima canonização de João Paulo II. É um ato que dá continuidade à grande obra de João Paulo II: um patrimônio que devemos levar adiante", concluiu dom Dziwisk. Morto em 2005, João Paulo II foi arcebispo de Cracóvia, que fica a 50 quilômetros de Wadowice, sua cidade natal. Desde o pontificado de Bento XVI, a Jornada Mundial da Juventude é realizada de três em três anos. Como o último encontro foi em 2011, em Madri, a jornada que se encerrou ontem no Rio seria em 2014, mas foi antecipada para não coincidir com a Copa do Mundo, que será realizada no próximo ano, nesse período, no Brasil. Com a JMF de Cracóvia marcada para 2016, retoma-se o intervalo de três anos entre os eventos. (*) Colaborou Vinicius Lisboa. (**) Com informações da Rádio Vaticano.
|