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Comportamento
21/07/2013 - 17h27
Amor à Vida: relação perigosa entre César e Aline
Alexandre Bez
 
Divulgação 

A trama Global “Amor à Vida”, tem retratado nas últimas semanas a relação de infidelidade entre o personagem César Khoury, dono do Hospital San Magno (Antonio Fagundes) e sua secretária Aline (Vanessa Giácomo). Alimentada por cenas intensas e "calientes" a relação permanece as escondidas, afinal, César é casado com Pilar (Susana Vieira).

Em primeiro lugar é necessário definir o que é traição, como ela se desenrola e como o ato é praticado em si. No entanto, a grande diferença é a questão do arrependimento. Essa retórica é fundamental para entendermos a psicodinâmica do ato em si. Assim como delimitar quais são os fatores emocionais que permeiam o diálogo com o princípio de trair.

Em segundo lugar é necessário mencionar que qualquer união estável, configura-se como apresentando o mesmo peso do que uma união tradicional. A distinção ocorre única e exclusivamente pela confecção da certidão lavrada em cartório. Mas o valor emocional e civil é praticamente o mesmo.

Em terceiro lugar o fato de ser cercado por qualquer pessoa, cujo físico remete a uma atratividade, não implica na obediência cega em imprimir a confecção do impulso de praticar a ação originada por um desejo. Essa possibilidade compete a um surrealismo.

A traição consiste em ter um envolvimento físico/emocional, mas seu gênesis desenvolve-se no aparelho mental, através do pensamento onde os aspectos da afetividade e/os sexuais sejam ativos e conscientes, assim como determinantes desse ato. Há a consciência da plenitude em seu estado psicosexualafetivo. Ou seja, a pessoa assume para si mesma estar traindo o (a) companheiro (a), assim como imprime certa frequência nesse comportamento. Já na casualidade ou no oportunismo sexual não ocorre a frequência. Não há a eminência de envolvimentos afetivos, apenas a constatação da realização de um desejo, eliciado por uma atração. E usualmente não há uma instalação da repetição comportamental. Portanto não havendo um padrão de comportamento, sendo a ação reservada a uma experiência singular, sem manifestação emocional, apenas de prazer sexual.

Essa diferenciação é importante para elaborar o psicodiagnóstico do ato em si, assim como, traçar qual perfil psicológico está sendo praticado. Outra questão inerente ao quadro da traição é levantar as hipóteses diagnósticas que determinaram esse comportamento.

Levantar as prováveis causas como: carência, necessidade psicobiológica, escassez sentimental pelo companheiro etc.

Fundamentação psicológica: não julgue, não critique, não condene, apenas compreenda. A partir desse pressuposto dialogue com seu estado mental e perceba quais serão as ações sensatas a serem tomadas.

Companheiro: é o termo atual da psicologia moderna, utilizada para definir qualquer estado conjugal. Seja ele namoro, noivado, casamento tradicional, ou união estável não tradicional (morar junto sem ter adquirido matrimônio). O compromisso conjugal da fidelidade é praticamente o mesmo.

Dicas:

I) Primeiro, estabeleça uma conexão consigo mesmo (a) e avalie qual é o elo de ligação emocional que mantém com seu parceiro.

II) Antes de assumir o outro, a demanda de se assumir se revela como extremamente necessária.

III) Não imprima decisões antecipadas, através de seus pensamentos. Avalie a condição atual de sua relação sempre.

IV) A traição pode ser reveladora de outras particularidades emocionais. Investigue-as.

V) Toda situação que envolve perdão é passível de ser praticada em uma traição. Analise a sua.

VI) Sentimentos negativos como raiva, estado de choque, eventuais estados depressivos, melancolia, confusão emocional, medo, eventuais transtornos ansiosos como síndrome do pânico (em casos mais severos) podem ser manifestados. Lute contra eles. Como? Muito simples: fortalecendo a autoestima e compreendendo os motivos da traição.

VII) Cuide de você para amar o outro, é necessário amar a si mesmo primeiramente. E se em seu diagnóstico perceber que o relacionamento não vale a pena, pois a pessoa não irá mudar. Mude você! Parta para outra relação, mas não carregue o sentimento da raiva e da frustração junto.

VIII) Recorde que com a pessoa amada tiveram bons momentos. Não valorize a nostalgia. Mas evolua e siga seu novo caminho.

IX) Encontrar-se balanceado tanto fisicamente ou emocionalmente é a premissa requerida para engatar em uma nova vida.

X) Não fantasie, para não criar expectativas futuras. Dialogue com o princípio da realidade, para não sofrer em seus relacionamentos futuros.


Nota do Editor: Alexandre Bez é psicólogo e escritor.

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