Afinal, como você trata o seu parceiro?
Fazer essa pergunta às vésperas do Dia dos Pais é ousadia? Se a resposta for sim, melhor. Afinal, esse não é mais um artigo que propõe a você, leitor, falar apenas do homem na relação paternal, mas sim, falar ao casal sobre os vários papéis de cada um rumo ao relacionamento equilibrado que gera felicidade. Isso tudo tem a ver com o novo perfil do homem e da nova mulher na sociedade. Em 2007, pesquisas do Ibope já falavam no surgimento de um “cara” sensível, leal e companheiro, capaz de cuidar das crianças e da casa. Ele é feliz com sua vida sexual e deixou a preocupação de estar sempre em primeiro lugar e de encarar o trabalho como o único eixo de sua identidade. Agora, tem outras preocupações como a saúde e o consumo. De lá pra cá, uma pesquisa fresquinha da Leo Burnet não muda o perfil masculino, apenas o divide melhor para compreendê-lo ainda mais. Assim, os homens continuam vaidosos, uns mais, outros menos. Do mesmo modo que há os que buscam e primam pelo exercício da paternidade, há o lado dos que ainda valorizam o poder acima de tudo. E convivem na sociedade os metrossexuais, em que a beleza é um foco, com os übersexuais, os evoluídos, que gostam de moda e beleza sem perder a virilidade. Do outro lado desse “jogo de xadrez do relacionamento”, estão as mulheres, totalmente reformuladas pelo contexto social. Modernas, atuantes no mercado de trabalho, cada vez mais “chefes de famílias” e menos “sexo frágil”, sem perder a vaidade e a beleza. E dentro desse conceito, a questão é válida: como você, mulher, trata seu parceiro dentro da relação? As respostas são sagazes para identificar a “quantas anda” o relacionamento e propor alterações no dia a dia para que, juntos, sejam mais parceiros e felizes. Como pai – Cuidado! Nesse tipo de relação mora um perigo. Mulheres não podem apenas olhar seu parceiro desse modo. O homem é pai dos filhos desse ou de outro relacionamento... e nada mais. Quando isso acontece, é muito provável que o relacionamento a dois esfrie, pois está sobrando respeito, mas faltando “ingredientes” para tornar a vida do casal mais intensa. Como marido – Sim, senhora! Ele é seu marido e pai das crianças. E como todo bom marido, ele pode ser também um bom namorado e amigo. Então, esse é o caminho do “meio”. Só é preciso sabedoria para ir de vez em quando mais pra lá e pra cá, ou seja, mais para o respeito com a figura paterna, mais para o respeito a uma boa relação afetiva com seu companheiro. Como amante – Aqui temos uma mulher do tipo “furacão”. Isso normalmente é bom para a relação a dois, mas é preciso atenção, pois a família, nesse caso, precisa do pai. Então, é preciso valorizá-lo também como seu marido, o companheiro de todas as horas, e como pai, que precisa marcar presença com os filhos. Nosso desafio nessa vida é conseguir um “mix” entre todas essas posições. E o caminho para isso é construir relações de intimidade com nossos parceiros de modo a compartilhar sentimentos, sonhos e planos. Assim, é possível usufruir de todas as vivências e experiências que tais papéis proporcionam e ser muito feliz a dois, porque um bom relacionamento é a prioridade do casal. Nota do Editor: Marcia Luz é psicóloga, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos, especializada em Gestalt-terapia e mestre em Engenharia de Produção. Também atua como Coach executiva e pessoal formada pelo ICI (Integrated Coaching Institute), com curso certificado pelo ICF (International Coaching Federation). É sócia-presidente da Plenitude Soluções Empresariais Ltda., além de professora de pós-graduação e palestrante.
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