Esse não é mais um artigo que pretende gastar linhas e linhas para dizer às mulheres tudo aquilo que elas já sabem, ou lembrá-las do que devem fazer para serem mais felizes. Quero seguir o caminho contrário. Gostaria de incentivar as mulheres a se permitirem esquecer, apagar, deletar frases, pensamentos ou qualquer comando que remeta à necessidade de ter de fazer alguma coisa. Basta! É chegada a hora da libertação. Afinal, após tantas conquistas, a mulher merece viver suas escolhas. Realizar o que lhe dá prazer e não apenas o que está escrito em sua agenda ou definido como seu dever por conta do piloto automático.

Nessa data especial, quero provocar as mulheres a se perguntarem o que não devem fazer. Ou seja, em todas as facetas da vida, o que você, mulher, pararia de fazer? Essa questão é importante, pois quando identificada a resposta, estará dado o primeiro passo para uma mudança no comportamento feminino programado para acumular tarefas, sem ao menos se questionar a importância real, o trabalho necessário, o resultado compensador. A mulher, simplesmente, faz mais e mais. Só que identificar o que deixaria de lado, significa encontrar mais tempo para fazer o que lhe dá prazer.

Esse simples direcionamento vai ao encontro da maior vontade das mulheres: manter a vida profissional em dia, sem descuidar da vida pessoal. As mulheres, em definitivo, não precisam mais provar que são capazes. É chegada a hora de dar um passo definitivo rumo à próxima conquista: cultivar diariamente a felicidade. Atitude que só é possível quando satisfazemos nossas necessidades, quando nos sentimos vivos.

Acúmulo de conflitos, reinterpretação de valores, negação de valores, recolhimento, mudanças evidentes de comportamento, despersonalização... esses são apenas alguns pontos importantes que, quando identificados, fazem-no perceber que estamos na direção errada.

Se você, senhora e dona de seu destino, identificou-se com essas características, talvez esteja na hora de uma atitude corajosa na vida, aquele momento de mudar o que precisa. Vale lembrar que, neurologicamente, estamos viciados em percorrer os mesmos caminhos. Portanto, esqueça aquelas desculpas velhas que, simplesmente, não podem determinar quem você é.

Escolha um caminho diferente, pois temos o péssimo hábito de definir rótulos para nós mesmos, o que impede o ser humano de entender que pode explorar diferentes potenciais de sua personalidade. Como diz Cora Coralina, numa frase que aprecio muito, “não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias”.

Sempre existem os dias de turbulência, os dias em que falta coragem, mas costumo dizer que a grandeza é para todo mundo que vai atrás dela. Às vezes, as oportunidades não aparecem com cara de oportunidade, e fica sob sua responsabilidade saber o que vale a pena investir seu tempo para ser feliz. Afinal, você, mulher, é a única responsável pela sua felicidade. Então, permita-se viver a realidade que deseja!

Nota do Editor: Eduardo Shinyashiki (www.edushin.com.br) é palestrante, consultor organizacional, escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade Cre Ser Treinamentos, colabora periodicamente com artigos para revistas e jornais. Autor dos livros: Viva como Você Quer Viver, A Vida é Um Milagre e Transforme seus Sonhos em Vida - Editora Gente.