Nenê Velloso |  |
Além de Ubatuba ter uma sinalização de trânsito precária, a Coordenadoria de Trânsito limita-se apenas, de vez em quando, a repintagem das faixas de pedestres no miolo da cidade. Um exemplo é o trevinho da avenida Dona Maria Alves, simplesmente abandonado, uma lombada desbotada, logo a frente uma placa solitária de “Pare”, tem a preferência quem chegar na frente, e seja o que Deus quiser. O recapeamento da avenida Rio Grande do Sul deixou a desejar, de um modo geral, o asfalto usado na pavimentação das ruas, é de má qualidade, buracos se formam dias depois, alguns no mesmo dia, e a reparação é pior ainda, é o que se vê nas ruas da cidade, que raramente dura um ano ou um pouco mais. Há meses do recapeamento, a avenida Rio Grande do Sul até hoje não recebeu a pintura da delimitação de pista que divide em duas mãos direcionais e muito menos a demarcação da ciclovia que é o mais importante. Na revitalização da rua Guarany a prioridade era dar total fluidez ao trânsito, é o que os motoristas esperavam. As depressões causadas pelas ruas perpendiculares foram eliminadas para proporcionar a tal fluidez prometida pelo prefeito Eduardo Cesar, que acabou se transformando em lentidão irritante, pior que antes. Os motoristas optaram, então, pela Rua Taubaté, que se encontra em estado deplorável de conservação, lombadas irregulares desbotadas e sem pintura se confundem com o asfalto esburacado e calçadas intransitáveis com desníveis de até 0,50 cm ou mais, sem considerar os obstáculos. Mesmo assim, os motoristas preferem o percurso mais longo, porém, mais rápido. Todo este trânsito desviado vem engrossar o congestionamento existente na entrada da antiga e extinta ASEL (Ação Social Estrela do Litoral), ficando a rua Guarany exclusiva para os comércios ali existente. Será que não foi de caso pensado? Em Ubatuba, para os amigos do rei, vale tudo! Esta foto mostra a rua Paranaense, o acesso mais indigesto a BR-101, que divide o bairro do Itaguá em duas partes, popularmente apelidado de Estufa I e Estufa II. O aumento excessivo do fluxo de trânsito neste local se deu por conta da instalação do Fórum, ampliação do depósito de materiais para construção Casa Nova e o crescimento de comércios de menores portes. Já do lado da Estufa I, a foto mostra o varejão Santa Rita, hoje ampliado, em frente uma padaria e lanchonete, um pouco antes, bar, farmácia, açougue e mercado, tudo isso na boca do acesso. Além dos turistas e moradores dos bairros do sul do município que usam este acesso para cortar caminho e fugir do congestionamento deste trecho da BR-101 até o trevo de acesso ao centro da cidade. Hoje, com a implantação dessa parafernália de radares, câmeras e lombadas, ainda reduziram a velocidade neste trecho, que era de 80 km/h, passou para 60 km/h, e agora é de 40 km/h e 30 km/h e com um agravante: a estupidez, cometida no governo Paulo Ramos, de fazer uma passagem subterrânea em uma rodovia de trânsito intenso, entre dois bairros populosos, apenas para pedestres, motos e bicicletas. Não dá para acreditar como a Secretaria de “Planejamento e Urbanismo” da prefeitura de Ubatuba permitiu isso, vereadores e a imprensa local ficaram calados. Será que esta passagem era só para “pacas e tatus, cotia não”? Taubaté tem uma malha viária travada desde a fundação, hoje, pior ainda, com aumento da frota automotiva e com o excesso de lombadas em desacordo com as normas do trânsito, desde a entrada da cidade, se espalhando por todo o município. Nas ruas centrais ou não, é só lombada, antes do semáforo e depois, em alguns, debaixo dele. Hoje você vai de Ubatuba a Taubaté ou vice-versa, e não nota que chegou lá ou aqui, porque a má qualidade do asfalto, os remendos mal feitos e a precária sinalização do trânsito são iguais. O trânsito lá está tão ruim que os dois candidatos que ficaram para o 2º turno, batem na mesma tecla, quem for eleito, a prioridade é: “Modificações radicais no Sistema Viário da Cidade”. Lembrete: O plano do “Sistema Viário de Ubatuba” foi projetado e aprovado no governo Matarazzo, em 05/10/1967 e em 05/10/2012 completou só 45 anos, e ainda não foi implantado, isto mostra que Ubatuba ainda não teve o verdadeiro sucessor do prefeito Matarazzo. Olha... que já se passaram 17 prefeitos, considerando a reeleição do atual. Será que o 18º prefeito eleito, a dupla petista Maurício & Caribé, para governar Ubatuba a partir de 2013 (até 2016), vai ser o verdadeiro sucessor do prefeito Matarazzo? Vamos rezar para que isso aconteça, Ubatuba merece!!!
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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