Quando o fim de setembro se aproxima, é esperada a estação mais florida do ano: a primavera. Com ela, há uma mudança nas temperaturas na maior parte do Brasil. Na região centro-oeste, por exemplo, as chuvas passam a ser mais intensas e frequentes, marcando o período de transição entre a estação seca e a estação chuvosa. Nesta época, as pancadas de chuva ocorrem no final da tarde ou à noite, devido o aumento do calor e da umidade que se intensificam gradativamente.

Com essa mudança climática, a probabilidade de infiltrações e umidade nas edificações são mais frequentes. Por isso, para evitar transtornos e obras inesperadas, desperdícios de material e prejuízos ao orçamento, o ideal é utilizar sistemas de impermeabilização durante a construção ou em reformas. Na construção civil, impermeabilização tem a finalidade de impedir a passagem de água, em forma líquida ou em vapor, podendo contê-la e direcioná-la ao local desejado.

Para a projetista da TendTudo em Goiânia, Daniela Profeta, a impermeabilização deve ser pensada do início ao fim da construção, atuando no alicerce, paredes, áreas externas, lajes de cobertura, telhado, caixas d’água e reservatórios, piscinas e áreas frias. “A falta ou o uso inadequado da impermeabilização compromete a estrutura da edificação, ocasionando problemas patológicos que surgem com a infiltração de água”, alerta a arquiteta.

Para cada situação, um modelo adequado

Cada situação exige um tipo específico de impermeabilizante. Na hora de escolher qual é o produto adequado para o caso, além de consultar um profissional da área, é necessário levar em consideração o local onde o produto será aplicado e as características dos impermeabilizantes disponíveis no mercado.

“Existem produtos rígidos e flexíveis. Os cimentício de base acrílica, composto por uma combinação de resinas, aditivos e cimentos especiais são os considerados flexíveis, pois promovem uma impermeabilização rápida em locais com problemas de umidade e mofo, como rodapés e paredes. Já os produtos rígidos são impermeabilizantes superaditivados, ideal para áreas enterradas, piscinas, tanques e a aplicação deve ser bem calculada”, explica a projetista da TendTudo em Brasília, Maria Lúcia Santana.

Há outro fator importante que também deve ser levado em consideração na hora de decidir o impermeabilizante ideal: de onde vem a umidade ou a infiltração? Existe a umidade que vem do piso, a chamada infiltração ascendente. Para este tipo de problema, é necessário quebrar a base da parede, se for necessário, retirar parte do piso até a fundação e aplicar o impermeabilizante para conter umidade que vem do solo.

O outro tipo de umidade é aquela que desce pelas paredes, normalmente ocasionada pelas chuvas. “Neste caso é necessário verificar as condições do telhado e da laje de cobertura a fim de detectar a origem do problema. Deve-se conferir a posição das telhas e das vigas, aplicar impermeabilizante na laje de cobertura e também pode ser necessário impermeabilizar as paredes, pois a origem pode ser a porosidade dos blocos”, explica a projetista.