Você já parou para pensar que grande parte do nosso sofrimento é causado apenas por palavras? Alguém fala alguma coisa, as palavras entram nos nossos ouvidos e imediatamente o cérebro começa a ferver. E as nossas palavras causam esse mesmo efeito nos outros. O que fazer para nos comunicarmos melhor?

Algumas mudanças simples podem fazer toda diferença. A instrutora de respiração e yoga da Fundação Arte de Viver, Adriana Ambrósio, listou algumas dicas simples que podem ajudar a desenvolver suas habilidades de comunicação e melhorar muito seu dia a dia e seus relacionamentos:

• Fale menos e observe mais. Quando falar, fale com consciência. Cada palavra que você usar, use-a adequadamente.

• Não expresse tanto suas ideias. Às vezes as pessoas não conseguem digeri-las nem compreendê-las. Não fique despejando suas ideias nos outros. Constantemente fazemos isso, e não percebemos que as pessoas mal (ou não) conseguem captá-las.

• Não conte histórias pessoais de fracassos ou sucessos. Suas histórias de fracassos aborrecem os outros tanto quanto as histórias de sucesso. “Ah! Eu fui ali, eu fiz isso, fiz aquilo”. Contar dá tanto prazer para nossa mente, que não levamos em consideração a capacidade de ouvir dos outros.

• Não fique falando para as pessoas do que você gosta, pergunte a elas do que elas gostam, do que elas precisam. Às vezes declaramos tudo que gostamos e tudo que não gostamos. Para quem ouve, parece que só pensamos em nós mesmos. Fique atento!

• Não fale desejando ser reconhecido, apreciado ou pensando em obter favores. Quanto mais agradável e centrado você for, mais as pessoas vão gostar de você. Quando você está centrado, você não quer nada de ninguém.

Segundo Adriana, quando você disser de coração: ‘não quero nada dessa pessoa, não preciso que ela me aprecie’, você verá uma grande mudança em você mesmo. “Não é por arrogância. Existe uma diferença entre arrogância e pensar dessa outra maneira. Na arrogância, você ainda quer um certo reconhecimento, aqui você não vai buscar mais aprovação ou reconhecimento dos outros. Isso torna todas as relações mais leves”, explica.