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SEÇÃO
Comportamento
28/01/2012 - 11h08
Como controlar o incontrolável?
Luciana Leis
 

“Controlar os eventos da nossa própria vida” é algo que, desde muito cedo, achamos que podemos fazer.

Entendíamos que se tivéssemos um bom comportamento, de alguma forma, a recompensa de nossos pais viria; se estudássemos para as provas durante o ano, com certeza, passaríamos de ano; se batalhássemos bastante no emprego, uma promoção e um bom ganho financeiro seriam os resultados mais prováveis... E assim por diante.

Desta maneira, é inevitável acreditar que somos responsáveis, sim, pelos acontecimentos de nossa vida. Porém, o que pensar quando algo sai do esperado, apesar de estarmos fazendo tudo “conforme manda o figurino”?

Costumo dizer que a vida, mais hora, menos hora, nos coloca frente às situações onde o incontrolável predomina. Assim, como seres humanos, somos obrigados a rever nossa posição, muitas vezes onipotente, de acreditar que temos o controle sobre tudo, e reconhecer nossos limites, afinal, não somos deuses.

Momento de engravidar é incontrolável...

Percebo que a dificuldade de gravidez, para alguns casais, funciona como a primeira grande desilusão a respeito “deste controle” que venho falando até agora. É muito complicado para um casal que deseja engravidar entender que, apesar das relações sexuais sem uso de qualquer método anticoncepcional, o filho não vem.

Isso sem contar com as comparações inevitáveis com amigos que engravidam facilmente e com as pessoas que, mesmo sem querer engravidar, acabam engravidando...

Realmente, não é nada fácil lidar com essa frustração e, principalmente, com a falta de controle que ela traz consigo; uma vez que, nem mesmo os tratamentos de infertilidade podem garantir o tão esperado bebê.

Acredito que todo momento de crise é uma oportunidade para crescimento pessoal. Lidar com a infertilidade, sem dúvida, pode promover amadurecimento. O reconhecimento de nossos limites é algo nobre e que requer humildade para que possamos reconhecer que existem coisas que não podemos controlar.

Isso, de maneira alguma, significa “desistir da luta pelo filho”, mas sim, sermos menos rígidos com nós mesmos e não nos culparmos diante de resultados que não dependem somente de nós.


Nota do Editor: Luciana Leis é psicóloga, especializada no atendimento a casais que enfrentam problemas para engravidar. E-mail: luciana_leis@hotmail.com.

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