Vai gastar menos do que ano passado quem decidir passar o feriadão do Carnaval deste ano em imóvel alugado em praias do Guarujá e de Santos, no Litoral Central. As diárias de locação baixaram até 40,78%, como no caso de residências de três dormitórios que estão sendo ofertadas por R$ 568,00 quando custavam em média R$ 959,09 em 2011. A mesma situação ocorre no Litoral Norte, onde apenas um entre seis tipos de imóveis pesquisados está com diária maior, muito maior - o valor médio do aluguel diário de casas de 1 dormitório aumentou 137,5%, de R$ 133,33 em 2011 para R$ 316,67 este ano.

Os números foram levantados em pesquisa feita com 66 imobiliárias de 12 cidades litorâneas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP), que constatou novamente um movimento de mercado que vem sendo observado nos últimos anos - a valorização dos imóveis de temporada nas cidades do Litoral Sul, como Peruíbe, Praia Grande e Itanhaém. As diárias subiram em sete dos oito tipos de imóveis pesquisados, e o posto de aluguel mais barato, que tradicionalmente pertencia à região, agora mudou de lugar.

A pesquisa CRECI-SP encontrou no Litoral Central a diária mais barata para a temporada de Carnaval – R$ 150,00 por casas de 1 dormitório. Esse valor é 33,33% menor que os R$ 225,00 cobrados pelos proprietários no ano passado. O aluguel mais caro este ano é o de casas de 4 dormitórios situadas em cidades do Litoral Norte, como Ubatuba e Caraguatatuba, que estão cotadas a R$ 1.056,00 a diária. O valor é 7,37% inferior aos R$ 1.140,00 de 2011.

"O encarecimento do Litoral Sul era esperado e certamente vai continuar por causa dos investimentos feitos na melhoria da infraestrutura urbana das cidades, da decisão de incorporadores e construtoras lançarem novos empreendimentos e da busca pelas famílias de alternativas às praias saturadas da baixada santista e do litoral norte", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CRECI-SP. Mas ele ressalva que há muitas oportunidades na região para investidores e interessados em ter imóvel na praia, "a custos menores que nos outros locais", e recomenda pressa a quem deseja alugar imóvel para o feriadão do Carnaval.

"No Litoral Sul ou em qualquer outro lugar, quem deixar pra alugar de última hora vai pagar mais caro a diária, e nem sempre encontrará o imóvel desejado", esclarece. "Quem pesquisar agora terá mais condições de negociar preços, além de ter tempo para procurar o local ideal", observa. O presidente do CRECI-SP destaca que outra "regra de ouro" é redobrar os cuidados na hora de alugar: "Todo cuidado é pouco com promessas mirabolantes, preços quase inacreditáveis e imóveis que parecem sair do sonho", adverte, lembrando que corretores e imobiliárias credenciadas "estão preparados e aptos para encontrar bons negócios, e seguros".

Preços para todos os bolsos

Não faltam opções para quem quer passar os dias de Carnaval com o pé na areia. A pesquisa CRECI-SP encontrou diárias que variam de R$ 250,00 no Litoral Central a R$ 402,73 no Litoral Norte por casas de 2 dormitórios. A opção pelas residências de 3 dormitórios tem diárias mais equilibradas: R$ 546,00 no Litoral Sul, R$ 568,00 no Litoral Central e R$ 589,26 no Litoral Norte.

Apartamentos têm valores muito próximos aos das casas, segundo a pesquisa CRECI-SP. Apartamentos de 1 dormitório estão sendo ofertados por R$ 221,43 no Litoral Sul, R$ 291,82 no Litoral Central e R$ 207,14 no Litoral Norte. Apartamentos de 3 dormitórios são um pouco mais caros no Litoral Central: R$ 550,00 a diária, valor que baixa para R$ 525,00 no Litoral Sul e R$ 454,55 no Litoral Norte.

Lotação e dias permitidos

Os proprietários costumam estabelecer prazos e limites para os períodos de locação e lotação dos imóveis. A pesquisa CRECI-SP apurou que é possível alugar apartamentos em várias das cidades pesquisadas por um dia até, caso o imóvel tenha 1 dormitório, e por três dias se for de 2 dormitórios. De forma geral, a maioria estabelece o mínimo de 5 dias e o máximo de 12 para fechar contrato de locação.

O número de pessoas admitidas por imóvel varia de um mínimo de quatro, até para quitinetes e casas e apartamentos com 1 dormitório, ao máximo de 25 para residências com 4 dormitórios.

A pesquisa CRECI-SP foi feita nas cidades de Santos, Bertioga, Guarujá, Praia Grande, Itanhaém, Peruíbe, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba, Mongaguá e São Vicente.