Pare! Olha quanto tempo perdeste Rodando de praça em praça, De raiz negra em raiz negra, De bar em bar, Alimentando as tristezas Deste abandono bárbaro Tentando se desviar das regras E desse mundo não se tornar caça! Pare! Olha quanta vida escorre de ti A cada copo dessa falsa companhia A cada trago dessa falsa coragem! Tu, que busca nos vícios as virtudes, Pensas que nessa busca insana Encontrarás felicidade ou liberdade? De corpo e alma se prendes a coisas terrenas! Pare! Reconte nos dedos, quantos amigos tens Em que podes realmente acreditar? Amigos que acompanham pela vida inteira Que te dão a coragem para VIVER A Vida como um lindo vício artístico Quantos são? Espero que me contes! Espero que não esqueças do brilho de meu olhar Quando te via entrar pelo portão E me abraçar como a um irmão! Espero que não esqueças das lágrimas que você não viu Caindo descortesmente nas escadas do alçapão Quando não chegaste deste lado da ponte! Lágrimas não só minhas que rolam e não é de ontem! Lágrimas que te esperam para te dar a mão Então, vem, nos dê a mão, Nós te tiramos dessa tão triste escuridão! Venha! Venha viver a arte da vida Com alegria e segurança! Como se fosse uma eterna criança Mostra-me onde dói e onde há esperança Que te quero de bem, mergulhando na vida, Que há dentro de ti, meu nobre amigo, E na tua sorte e bem-aventurança Minha alegria também avança! Venha! Quero-te bem! Fora da prisão que de todos os lados vem! E dentro do segredo do segredo, a chave que nas mãos tens Abre-te para os anjos mais divinos da luz desse trem! Teu corpo, tua mente, tua alma, tua vida interligadas existem... Melhor pensar e sentir bem! Vem, nos dê a mão, De volta ao teu coração! Nota do Editor: Edgar Izarelli de Oliveira é poeta e escritor. Trabalha como ator e diretor de marketing para a Compania Nóis se Nóis não é Nóis. Mantém o blog Palavras d’Alma (edizarelli.blogspot.com).
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