Passar Natal e o Ano Novo na praia vai custar menos para quem optar pelas cidades do Litoral Sul do Estado, como Praia Grande, Peruíbe e Itanhaém. Uma casa de quatro dormitórios nessa região custa em média R$ 716,67 por dia, menos da metade dos R$ 1.702,68 que os proprietários estão pedindo por imóvel similar em Ubatuba e Caraguatatuba, no Litoral Norte. No Guarujá e em Santos, no Litoral Central, a diária está cotada a R$ 1.491,67.

Os valores das diárias foram apurados pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP) em pesquisa feita com 47 imobiliárias de 10 cidades litorâneas. Embora tenha os menores valores de locação diária, o Litoral Sul foi o único em que todos os tipos de imóveis pesquisados estão com aluguel maior do que na temporada do ano passado. Nas duas outras regiões, algumas diárias aumentaram e outras ficaram menores do que em 2010.

"É efeito das reformas urbanísticas feitas nas orlas das praias dessas cidades nos últimos anos, da melhoria da balneabilidade das praias e do reforço nos serviços de segurança e infraestrutura em geral", afirma José Augusto Viana Neto. O Litoral Sul cada vez mais se transforma em opção para as saturadas praias do Norte e do Centro, "tanto que atrai crescente número de empreendimentos de grande porte e prédios luxuosos, valorizando o mercado imobiliário em geral e dando aos moradores e aos veranistas uma nova perspectiva de lazer e moradia à beira-mar".

Os aumentos nas diárias do Litoral Sul variaram de 6,17% para as casas de 4 dormitórios a 35,83% para os apartamentos de 2 dormitórios. As casas eram alugadas na temporada do ano passado por R$ 675,00, valor que agora está em R$ 716,67. Já o aluguel dos apartamentos passou de R$ 300,00 em 2010 para R$ 407,50 este ano.

A diária mais cara para os feriadões deste ano é a das casas de 4 dormitórios no Litoral Norte - R$ 1.702,68. A mais barata encontrada pela pesquisa CRECI-SP foi R$ 175,00, valor médio de locação diária de casas de dois cômodos no Litoral Central.

Opções para todos os bolsos

Apartamentos de três dormitórios, que são uma das opções preferidas pelas famílias, estão sendo ofertados em média por R$ 500,00 no Litoral Sul, R$ 605,56 no Litoral Central e R$ 494,76 no Litoral Norte. Se a opção for por casas de três dormitórios, as diárias partem de R$ 600,00 no Sul, vão a R$ 691,67 na região central e sobem para R$ 890,40 no Norte.

Outro tipo de imóvel bastante procurado nas imobiliárias são os apartamentos e casas de 2 dormitórios. A pesquisa CRECI-SP apurou que no Litoral Sul a locação diária de casas está cotada em média a R$ 397,14, valor que aumenta para R$ 466,67 no Litoral Central e R$ 460,27 no Litoral Norte. Apartamentos com esse número de dormitórios estão sendo ofertados por R$ 407,50 no Sul e R$515,00 no Norte. A menor diária está no Litoral Central - proprietários pedem em média, R$ 368,00 pela locação diária das casas, valor 9,74% inferior ao da temporada de 2010.

Nas cidades de Guarujá e Santos, no Litoral Central, estão mais baratas este ano as diárias de casas de dois cômodos (redução de 41,67%) e das casas de três dormitórios (- 12,63%) e quatro dormitórios (-8,59%), além dos apartamentos de dois dormitórios (- 9,74%) e de 4 dormitórios (- 4,76%).

No Litoral Norte, aluga-se por menos este ano apartamentos de 1 dormitório (de R$ 450,00 para R$ 245,00, redução de 45,56%), e casas de dois dormitórios (de R$ 476,64 para R$ 460,27, redução de 3,43%). Foi nessa faixa do Litoral que a pesquisa CRECI-SP encontrou a maior alta do valor de diárias na comparação com a temporada do ano passado - subiu de R$ 350,00 para R$515,00 o valor diário para se ter as chaves de um apartamento de dois dormitórios, um aumento de 47,14%.

Tempo mínimo, lotação máxima

A pesquisa CRECI-SP apurou que as imobiliárias receberam autorização dos proprietários para alugar até por apenas um dia casas e apartamentos no Natal e Ano Novo. Mas são exceções os casos de apartamentos de 2 e 3 dormitórios e casas de 3 e 4 dormitórios. A maioria só aceita locações a partir de um pacote de três dias, no mínimo.

O número de pessoas permitidas nos imóveis varia de 3 a 5 em casas e apartamentos do tipo quitinete e de 10 a 24 em casas de 4 dormitórios. "Mas tudo é negociável", afirma o presidente do CRECI-SP. Viana Neto acrescenta que os pacotes podem ser modulados por acordo com os proprietários, "desde que não se deixe para fazer isso na última hora".

A pesquisa CRECI-SP foi feita nas cidades de Bertioga, Guarujá, Santos, Praia Grande, Itanhaém, Peruíbe, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.