As chuvas atingem praticamente todas as regiões do Brasil causando transtornos à população.
Chove sem parar no Sudeste e Centro-Oeste. Hoje foram registrados deslizamentos de terra e mortes no Grande ABC em função das chuvas. Embora as chuvas tenham sido previstas já na segunda-feira pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, houve muitas perdas nesta madrugada. São Bernardo do Campo, foi o município mais atingido e teve mais de 80 mm de precipitação em apenas 6 horas. Isto correspondeu a 1/3 do esperado para todo o mês de janeiro - de acordo com Celso Oliveira, meteorologista da SOMAR. Foram registrados mais de 70 pontos de alagamentos apenas na cidade de São Paulo, mas a região mais castigada foi o Grande ABC que não costuma fazer estatística de alagamentos. A causa final das perdas foram as chuvas, mas a irregularidade da moradia das pessoas as coloca em um risco constante. Algumas empresas de seguro tiveram que atender mais de 150 carros ilhados em alagamentos na Grande São Paulo. Foram registrados três transbordamentos (Aricanduva, Meninos e Pirajuçara). Chuvas mais intensas também foram registradas no litoral paulista e no alto da Serra do Mar. "O risco de deslizamentos nestes lugares também é muito grande" - alerta Celso. Em Paranapiacaba, choveu mais de 200 mm até o final da manhã de hoje. Não há estudos sobre a média de chuvas nesta região, mas sabe-se que é muito em função da proximidade com a Serra do Mar. Também foram registradas chuvas fortes em outros Estados, como Rio de Janeiro (42 mm na capital e 56 mm em Macaé), Minas (61 mm na zona da mata mineira 54 mm em Unaí), Goiás (31 mm em Goiás Velho) e Mato Grosso (40 mm em Querência). Nesta tarde de quarta-feira há risco de novas chuvas fortes especialmente no Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Rondônia. No Nordeste, voltou a chover de forma isolada. Desde o início da manhã, são registradas nuvens carregadas no Piauí e Maranhão. No sul do Estado Piauiense, acumulou-se 15 mm. Já na Região Norte, o padrão permanece inalterado por enquanto. As chuvas mais intensas são registradas no sul e oeste da Região, especialmente entre o Acre e Rondônia e o padrão da atmosfera deve mudar nos próximos dias. A região Sul é a única que parece estar sofrendo com o oposto desta situação e anda passando por um período de estiagem que é comum para esta época do ano. As temperaturas vão subindo e as máximas ultrapassaram 36C em Uruguaiana no oeste do Estado do Rio Grande do Sul. No entanto, no Sul do Brasil também ocorreram chuvas fortes associadas à frente fria que atingiu a região no último domingo. "É bem verdade que as chuvas fortes foram muito isoladas na região Sul, o que desanimou os agricultores, no entanto, em algumas cidades gaúchas como Encruzilhada do Sul choveu 3/4 do esperado para todo o mês de Janeiro em apenas um dia" - explica o meteorologista Celso Oliveira. O padrão atmosférico muda de vez no Brasil a partir de amanhã de acordo com a SOMAR Meteorologia. Vai ser a vez da Bahia esperar chuvas fortes e uma diminuição do calor. A última vez que uma frente fria causou chuvas fortes em boa parte da Bahia foi no final de novembro. No entanto estas chuvas não vão durar muito, somente até o próximo fim de semana. Até lá, são esperadas chuvas fortes também no Piauí e Maranhão. Mesmo com pouco tempo de duração, algumas localidades devem receber mais de 100 mm. Apesar de mal-distribuídas, estas chuvas devem beneficiar a agricultura da Região, como soja, algodão e feijão. Além do Tocantins e Bahia, esperam-se chuvas fortes também no norte de Minas Gerais e do Espírito Santo nesta quinta-feira. No interior de São Paulo, as chuvas diminuem bastante apartir desta quinta-feira e as temperaturas voltam a subir. As chuvas atingem apenas o litoral paulista. Também são esperadas chuvas no litoral sul do Rio de Janeiro. Na Região Sul, o tempo permanece seco e extremamente quente, salvo por chuvas muito isoladas no extremo sul do Rio Grande do Sul. Estas chuvas estão associadas com uma frente fria muito fraca que passa pela costa do Rio Grande do Sul e que não reverte o déficit hídrico observado no extremo sul do Estado, região que menos recebeu chuvas nos últimos meses. No Norte, com exceção do Tocantins, espera-se calor e chuvas isoladas no final do dia.
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