Luiz Moura: Acabo de ler n’O Guaruçá notícia sobre a iminente apreciação pela Câmara Municipal da nossa vizinha Caraguatatuba, do indispensável “Plano Diretor”, lei imprescindível para uma cidade que planeja e organiza o seu futuro progresso. Infelizmente, há mais de vinte anos, Ubatuba que já gastou muito dinheiro com a contratação de engenheiros, de arquitetos, de geógrafos e outros ‘profissionais’ sem qualificação determinada, mas supostamente ‘entendidos’ na matéria, contratados a peso de ouro, que já integraram inúmeras comissões especialmente constituídas pela Municipalidade somente para um único e importantíssimo fim: realizar estudos e elaborar o projeto do tão decantado e acima de tudo, necessário “Plano Diretor” que regeria os destinos da nossa Ubatuba por um longo tempo, de modo a orientar e coibir os desmandos que se constata a toda hora, pela “inexistência” dessa Lei tão necessária. Passaram-se os anos, mudaram os Governantes, substituíram-se vários Edis (mas nem todos), e estes, em última análise, são os principais responsáveis pela omissão de apreciar e votar essa imprescindível lei e, até hoje, nada, nada foi feito! Onde estão esses tão dispendiosos estudos? Em qual ‘misteriosa’ e inexpugnável gaveta ‘dorme’ o projeto da lei? A quem pode interessar esse sono eterno? Quem vem se beneficiando dessa desídia, de tamanha omissão? A sofrida população do Município é que não é! Enquanto isso, nossa vizinha, que preferiu ‘não ver navios’, continua navegando, ‘de vento em popa’, no rumo certo de um futuro presumivelmente muito mais brilhante e promissor, com seguro planejamento. Quanto a nós, da sofrida e abandonada ‘cidadezinha’, continuaremos a “ver navios”, e apenas de longe, vez que, mais de perto, do estacionamento do velho cais do porto da Ponta Grossa, ponto turístico privilegiado e muito visitado diariamente, a via de acesso está intransitável e o pátio de manobras completamente abandonado, retratando o descaso com que é tratado o turismo, a única e real fonte de renda externa do Município. É patente a curta visão dos governantes. É uma pena! Suponho que nem Cunhambebe, ao lançar a sua malsinada maldição à terra de Coaquira, chegou sequer a imaginar tão cruel praga com a futura e bela Ubatuba. Enio Taddei dos Reis eniotreis@hotmail.com
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