Solidão de um povo parece efeméride Nas colunas dos jornais Saber causas é um acaso Que transgride a solidão solitária... Corpos transfigurados por balas... Açoitados nas ruas frias... Com frio... Nos insanos hospitais de paredes brancas... Sem ao menos vestes brancas vestidos... Mulheres registrando cansadas; As marcas que denunciam violência sofrida; Na lida diária com o homem amado; Ou... Nas ruas destratadas... Crianças sofridas na pedofilia; No abuso sexual infame... Disforme. Na cruel e demente selvageria, Da prostituição infantil desprotegida. Idosos esquecidos... Com lares emprestados; Suas idéias esmorecidas; Suas lembranças esquecidas; Um hoje sem ontem. Terão amanhã? Educadores e educandos presentes Em números e numerais Acesso fácil às falácias De uma sociedade solitária. Solitária na solidão de sua verdade... Cansada... De efemérides e tanta... selvageria! Nota do Editor: Lourdes Moreira é professora municipalizada da Rede Estadual de Educação.
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