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Poesias
11/10/2011 - 09h03
Objeto de prostituição
Antonio Brás Constante
 

De passagem vejo teu vulto vulgar. Fúteis encantos, embrulhados em véus de ilusão.

Mercadoria de carne. Mordida. Sem gosto. Pedaço de vida oferecida ao luar;

Tua cena, minha pena. Consciência pesada, figura desgraçada, desperdício de emoção. Levo-te no esquecimento, essência censurada, que machuca o coração. Mas minha tristeza por ti é tão falsa, quanto teu sorriso de excitação.

Imagem divina, transgredida, agredida, fingida em tua paixão. Lixo social, em corpo de menina, violada, desejada, a sarjeta é tua parada. Do escudo de teu desprezo te proteges desta sina.

Sigo em frente, exalando em fumaça traços de compaixão, que se dissipam da lembrança, entre os tantos que percebem teu sofrimento, mas passam sem te estender a mão;

Segue sozinha, miragem profana, bebendo a amargura humana. Flagelo urbano. Rosto sem nome. Prossegue em teu destino. A noite acompanha teu fardo, dos corpos que cruzaram o teu caminho.


Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc.blogspot.com) é escritor.

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