A estância turística tem na natureza e no caudaloso rio seus principais atrativos
Henrique Branco | |
Remotamente, a agradável estância turística de Piraju, a 330 km da capital, era denominada como "Tijuco Preto", ou "caminho de entrada". Quando mais tarde foi elevada ao status de vila, a cidade foi rebatizada Piraju, significando peixe amarelo - ou pira-yuba, em guarani. De certo, pela abundância de peixes contidos no rio Paranapanema, que banha a cidade em quase toda a sua extensão. O Paranapanema - um dos rios mais importantes de São Paulo, divisando este com o estado do Paraná -, diante da devastação ambiental do último século, permanece como uma fonte de vida e acesso à natureza em estado bruto, disponível para quem visitar Piraju. Diversas atrações estão vinculadas ao rio. Para quem gosta de esportes radicais, a cidade propicia por meio aquático o boia cross, o rafting (para os adeptos do esporte, destaque para o trecho com forte queda d’água conhecido como "Garganta do Diabo") e o passeio de caiaque, todos eles disponibilizados por uma empresa de turismo especializada. Também há passeios fluviais para a família, como o "PiraBarco" (viagem de 40 minutos pelo rio, com vista panorâmica da cidade) e o ameno passeio de pedalinho. Nesse mesmo local, é possível provar as porções de peixes diversos, que são os petiscos tradicionais da região. Já o Parque Fecapi é um recinto para exposição agroindustrial municipal, e oferece vista panorâmica para o Paranapanema, além de ser apropriado para camping, pesca, canoagem e esporte hípico. O Iate Clube da cidade também é uma opção de lazer e acesso ao rio, para a família banhar-se com segurança. Além disso, nas redondezas da cidade é possível visitar belas cachoeiras, algumas delas presentes na Fazenda Capitão Mourão. No centro da cidade os visitantes podem conferir a Igreja Matriz São Sebastião, construída em 1933, em estilo gótico, que abriga a imagem de São Sebastião, de origem italiana, esculpida em madeira entre 1.600 e 1.700. A Igreja está localizada dentro da praça Ataliba Leonel, onde também há eventualmente feiras livres com comes, bebes e produtos artesanais. Em tempo: Piraju, a despeito do seu tamanho modesto, possui características no mínimo inusitadas, para não dizer vanguardistas: em 1912, foi a primeira cidade do Brasil a ter luz elétrica (um ano antes do Rio de Janeiro). Cidade Luz.
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