Levantamentos recentes de pesquisadores das Universidades de Warwick e Stirling, no Reino Unido, revelam que a famosa crise da meia-idade chega geralmente entre os 40 e 50 anos, variando de acordo com a região, renda e vida afetiva. Para os americanos, por exemplo, os dados apontam que o período é vivenciado aos 50 ou aos 44,5 anos, de acordo com a análise. Por aqui, a crise chega por volta dos 46,7, para um estudo e, aos 36,5, para outro. Na opinião de Eduardo Shinyashiki, especialista em desenvolvimento humano, essa fase da vida pode trazer muitas vantagens e benefícios. “Tudo tem seus dois lados e com a meia-idade não é diferente. Quando chegamos à nova etapa, estamos mais seguros de nós mesmos. Além disso, temos mais confiança para tomar decisões e agir”, comenta. Há vantagens, saiba aproveitá-las “Esse é um período em que pode se dedicar mais a si mesmo, já que, geralmente estamos estabilizados profissionalmente. As preocupações não são mais as mesmas de 15 anos atrás, o que possibilita termos tempo para refletir e desligar o ‘piloto automático’”, explica Eduardo. “Lembre-se de momentos marcantes e das lições que teve com eles, reveja seus valores e coloque na balança o que valeu a pena e o que poderia ter sido diferente. Questione-se com frequência sobre as tarefas e os objetivos importantes para você neste momento de vida”, complementa. Ciclo vital Assim como a adolescência ou a infância, a meia-idade também é um ciclo natural e inevitável, que leva a novos posicionamentos e desafios, exigindo novas maneiras de agir e pensar. É um tempo marcado pelas indagações sobre a realidade que se vive, as metas, o sentido e significado da vida. “Nesse ciclo vital a pessoa busca se conhecer mais e se orientar em direção a novos caminhos. Saiba que a jornada até pode ter sido difícil, mas trouxe maturidade para buscar o melhor para você e sua família”, finaliza Eduardo.
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