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Brasil
28/08/2011 - 18h00
5° em ranking de pirataria de software online
 
 

Cerca de 97 mil downloads ilegais de software pela internet foram detectados no primeiro semestre de 2011 no Brasil. O resultado coloca o País na 5ª posição entre os que mais praticam este tipo de pirataria online, atrás de Estados Unidos, Itália, França e Espanha, respectivamente. O monitoramento é realizado pela Business Software Alliance - BSA (www.bsa.org) e envolve redes de compartilhamento de arquivos peer-to-peer ou P2P, sites de leilão, redes sociais e canais business-to-business (B2B) ou business-to-consumer (B2C).

Países por infrações totais
(Total de infrações detectadas de janeiro a junho de 2011)

1 Estados Unidos 248.537
2 Itália 218.306
3 França 119.088
4 Espanha 115.086
5 Brasil 96.938
6 Canadá 61.064
7 Reino Unido 58.831
8 China 51.722
9 Rússia 48.411
10 Israel 41.446

Os dados são colhidos por meio de softwares comerciais e da ferramenta interna OATS (Online Auction Tracking System). Uma equipe de investigadores da BSA revisa os resultados manualmente e envia os pedidos de bloqueio a ISPs e sites de leilão.

Alguns dos protocolos fiscalizados são: BitTorrent, eDonkey, Gnutella e Kad, além de sites como Ebay, Mercado Livre, iOffer, entre outros.

A associação mantém um acordo com sites de leilão e provedores para a retirada de ofertas de software pirata. No primeiro semestre, dos 25,9 mil leilões retirados globalmente a pedido da BSA, cerca de 1,4 mil eram do Brasil (5.6% do total global).

Segundo Frank Caramuru, diretor da Business Software Alliance no Brasil, “a expansão da internet no Brasil e no mundo traz ótimas oportunidades tanto para consumidores quanto fabricantes. Mas tal expansão não vem sem desafios. Em sites de leilão, consumidores podem ser enganados e, achando tratar-se de um produto original, podem receber produtos defeituosos, que não funcionam ou que contenham algum código malicioso para prejudicá-los”.

“Quanto aos usuários de redes P2P, o perfil é outro, geralmente sabem que estão acessando programas ilegais, mas o risco de vírus ou malwares é ainda maior”, acrescenta Caramuru. “Vale lembrar que o Brasil é um dos países com as mais altas taxas de infecção do mundo, inclusive por códigos para roubo de senhas bancárias”, conclui.

Dicas para o consumidor

Grande parte do comércio na internet é irrestrito, auto-regulado e anônimo. Consumidores devem proceder com cautela ao comprar e usar software de vendedores desconhecidos online. Usar software ilegal pode colocar em risco informações pessoais, segurança financeira e mesmo reputação.

No mínimo, pode provocar incompatibilidade de software e vírus, aumentar custos com manutenção e deixar usuários sem suporte técnico e atualizações de segurança. Em um cenário pior, pode custar a consumidores e usuários centenas ou milhares de reais e muito tempo perdido devido ao roubo de identidade e à exposição de informações pessoais.

A seguir, algumas dicas para o consumidor evitar golpes de software pirata na internet e proteger seu bem-estar e privacidade:

Confie em seu instinto. Quando você compra software das empresas originais, de distribuidores de renome, ou outras fontes online que dispõem de itens de segurança, é bem mais provável adquirir um produto seguro e legítimo do que comprar de fontes anônimas e não-profissionais. Compare o preço do vendedor online ao valor de varejo estimado para o software. Desconfie de compilações de diversos programas de software de empresas diferentes em um só disco ou CD. Esse é um sinal certo de que o software seja pirateado e possivelmente alterado. Esteja o produto sendo vendido como novo ou usado, se o preço para o software parece “bom demais para ser verdade”, geralmente o é.

Use as atualizações de segurança do software. Aproveite as atualizações gratuitas de software dos desenvolvedores originais, que frequentemente contém ‘remendos’ para consertar falhas de segurança que foram descobertas pelos próprios desenvolvedores. Instale também software antivírus e certifique-se de que esteja ativado.

Procure por um selo de confiança (trust mark). Procure pelo selo de uma organização de renome para garantir a confiabilidade do revendedor online e que ele tenha um registro comprovado da satisfação de consumidores. Se tiver dúvidas, realize pesquisas na internet sobre o site para determinar sua legitimidade.

Faça sua lição de casa. A maioria dos sites de revenda legítimos tem seções para comentários de feedback por outros usuários, portanto cheque as avaliações do vendedor e comentários que tenham sido postados.

Certifique-se de que é autêntico. Suspeite de produtos de software que não incluam provas de autenticidade, como discos originais, manuais, licenciamento, políticas de serviços e garantias. Evite produtos que não aparentam ser genuínos, como aqueles com etiquetas escritas a mão.

Cuidado com os back-ups. Tome precauções para evitar vendedores oferecendo fazer cópias de back-up. Essa é uma clara indicação de que o software é ilegal. Cheque também a versão do software. Muitas pessoas receberam versões educacionais ou promocionais do software quando imaginavam estar comprando uma versão completa ou padrão.

Peça o endereço do revendedor, se possível. Se você não conseguir contatar o vendedor após realizar uma compra, você pode ficar sem recursos caso o produto se revele pirateado. A BSA recebe inúmeras denúncias de que tinha ficado impossível contatar vendedores assim que a compra fora finalizada. Se o vendedor não é conhecido, procure por contatos de atendimento ao consumidor, online e offline.

Compreenda os termos da compra. Peça uma explicação clara das políticas do vendedor quanto a devoluções e ressarcimentos, custos de frete e proteção de segurança e privacidade antes de completar compra. Cheque as políticas de privacidade do site para compreender quais informações pessoais estão sendo requisitadas, assim como as formas de uso e proteção de suas informações.

Certifique-se de que o pagamento é seguro. Antes de repassar as informações de seu pagamento, cheque se as conexões de internet que você está usando são seguras. A maioria dos browsers de internet mostram um ícone de cadeado quando se está usando um site seguro. Se a conexão é segura o endereço do site será precedido por um https:// em vez de http://. Siga as instruções de qualquer pop-up que avisam sobre um “certificado de segurança” inválido.

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