26/11/2024  16h58
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Poesias
22/08/2011 - 17h12
O ventre no fundo do poço
Antonio Brás Constante
 

No fundo do poço a umidade verte das lágrimas salgadas, que escorrem de uma face amargurada, desamparada, encoberta pela escuridão.

Imensas paredes fazem ciranda, dançando imóveis ao redor de um vulto esquecido nas entranhas da solidão;

Sem luz, sem amor, sem rumos a seguir, sem asas para voar. Somente um buraco profundo onde o vazio da própria existência teima em se alojar.

Fragmentos de sentimentos, mergulhados em breus de desilusão. Forjados nas sombras do passado. Restos de lembranças à deriva em oceanos de densas tristezas sofridas.

Desce como a noite o véu frio da ruína, caindo sobre o singelo corpo ferido, lançando-o em desatino ao encontro de seu destino.

Nos braços do tempo, frágil carcaça é acolhida. Transformando dores em múltiplas cores. Morte em vida, escrevendo novas histórias por estradas desconhecidas.

O poço vira ventre. O vulto semente. O fim reinicia. A vida se faz presente. A veste amargurada é abandonada. Dando lugar a nova pele, e a esperança enfim renasce em um sorriso criança de felicidade.


Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc.blogspot.com) é escritor.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "POESIAS"Índice das publicações sobre "POESIAS"
25/12/2022 - 06h44 Aproveitando o presente
17/12/2022 - 05h48 Vamos ser Papai Noel
16/12/2022 - 05h30 Lembranças amargas
11/12/2022 - 05h51 Viver é perigoso e gostoso
10/12/2022 - 05h21 Amor... A poesia da vida
09/12/2022 - 05h31 Feliz felicidade
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.