Com roteiros repletos de represas, cachoeiras e aventura, cidade ainda tem atrativos religiosos e locais para turismo esportivo
Henrique Branco | |
Ibiúna vem do tupi-guarani e significa "terra preta". Não é à toa que a cidade, a 72 quilômetros da capital, é conhecida como a maior produtora de hortaliças do Estado. Mas não é só desse título que vive o município de 154 anos. Ibiúna tem também muitas atrações turísticas, desde religiosas ao ecoturismo e atividades esportivas. Como o inverno está chegando ao fim, certamente as represas e as prainhas da cidade começam a ser um prato cheio para quem quer passar o final de semana relaxando, curtindo o sol e ter contato com a natureza. A Represa Itupararanga tem às suas margens hotéis e clubes, com vários pontos de acesso ao público, como a Prainha e Praia do Escritório. Suas águas limpas convidam ao banho, à prática de esportes aquáticos e também a pescarias. A Praia do Escritório fica distante apenas oito quilômetros do centro da cidade e tem uma média de visitas de 4 mil pessoas por final de semana durante o verão. Aos aventureiros, Ibiúna reserva cachoeiras diversas, um mirante a mil metros de altura onde toda a cidade pode ser vista. Embora fique numa área particular, a Cachoeira Vargem do Salto tem acesso liberado ao público que pretende conhecer suas várias quedas, a maior delas com 35 metros. A Cachoeira da Fumaça fica dentro da Reserva Estadual do Jurupará, e diferentemente da outra, é preciso de autorização prévia para visitá-la. Na divisa com o município de Juquitiba, a Cachoeira do França atrai os pescadores em suas áreas represadas, ideais para uma tarde de pescaria. Para ter uma idéia do tamanho de Ibiúna, o turista deve ir ao Mirante da Figueira. A cidade começa aos pés do Morro da Figueira, o qual pode ser contemplado da praça da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores. Do seu mirante, a mil metros de altura, todo o centro da "terra preta" pode ser visto. Quem conhece o local, garante que a vista é espetacular, assim como o visual da Reserva Estadual do Jurupará - que deve ser visitada na companhia de um guia experiente - onde podem ser observados diversos animais, alguns deles em extinção como o micocarvoeiro, a jaguatirica e o famoso bicho-preguiça. Os visitantes mais religiosos precisam conhecer a capela e gruta de São Sebastião. Pertinho, a 28 quilômetros do centro da cidade, o local é de uma beleza rara. A gruta fica a cerca de mil metros abaixo da capela, cercada por outras grutas - algumas são tão grandes que conseguem abrigar cerca de 300 pessoas. Ali, o turista pode contemplar áreas de Mata Atlântica, em meio a pedras com até 7 metros de altura e ainda mais cachoeiras. A capela é utilizada para os ritos religiosos durante a festividade anual em homenagem ao santo. Ainda no quesito turismo religioso, quem procura paz de espírito pode conhecer o Templo Budista Jodoshu Nippakuji, fundado em 1998. Localizado a uma altitude de 1.100 metros, o templo tem um clima ideal para estudos, orações, meditação. Para os esportistas, vale uma visita ao Estádio de Beisebol, construído para abrigar 3 mil pessoas durante os eventos. Ali, a empresa responsável pelo estádio pretender fazer o maior complexo do esporte na América Latina.
|