Mais resistente e com vida útil superior às demais alternativas de pavimentação, o pavimento de concreto vem ganhando importância como solução mais eficiente para garantir a mobilidade no trânsito. O sistema, utilizado com sucesso em rodovias, corredores de ônibus, portos e aeroportos, proporciona mais qualidade e economia de combustível, além de não sofrer deformação plástica, trilhas de rodas ou buracos.

Os benefícios vão além da segurança e do menor desgaste do veículo. O pavimento de concreto é ambientalmente amigável por exigir pouca manutenção. Ele também não requer operações tapa-buracos e recapeamentos freqüentes, ações que provocam congestionamento e acentuam a emissão de CO2 pelos veículos parados, gerando desperdício de combustível e mais poluição.

"O pavimento de concreto é muito durável, fato gerador de grande economia, em função dos baixos custos de manutenção", afirma Ricardo Moschetti, engenheiro, gerente regional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Para Moschetti, investir em sistemas mais resistentes e com ciclo de vida maior, além de beneficiar o usuário, traz vantagens para a sociedade de forma geral, já que poupa recursos que podem ser destinados a outros serviços ou obras públicas.

Segundo o engenheiro, o pavimento de concreto também é eficiente para evitar aquaplanagem, sendo, portanto, mais seguro em dias de chuva. "O pavimento de concreto favorece a economia de combustível em até 20% e exige menor distância de frenagem", afirma. Moschetti destaca também a cor do pavimento rígido. "A coloração clara do sistema à base de cimento permite melhor visibilidade e redução do consumo de energia elétrica pública em até 40%, em virtude da maior reflexão da luz".

As vias de tráfego desempenham papel vital para a economia doméstica e sua qualidade está diretamente relacionada à qualidade de vida da população, que depende do transporte público, do carro ou da bicicleta para se deslocar. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aponta que 95% do transporte de passageiros e 61% do transporte de carga ainda são feitos pelo modal rodoviário. Daí a importância econômica e social da malha viária brasileira e a necessidade de sistemas que vão ao encontro da sustentabilidade.