Uma experiência inesquecível!
Em um acampamento de férias, as crianças vivem aventuras, experiências e emoções que ficarão na memória. Como saudosos da infância, é fácil ver adultos lembrando as brincadeiras da época em que eram crianças, quando muitos podiam brincar na rua de pega-pega, esconde-esconde, roda, pular corda, empinar papagaio, bola de gude, futebol, carrinho de rolimã, bicicleta, entre tantas outras. Os mais sortudos tinham quintal grande onde brincavam de casinha, balanço, subiam em árvores e curtiam a natureza, ainda preservada. Hoje a realidade é outra, crianças que vivem em grandes metrópoles não podem sair muito às ruas, as casas ou apartamentos nem sempre tem espaço, e, além disso, somos bombardeados todos os dias com notícias nada agradáveis na rotina das cidades. Isso gerou uma mudança de comportamento e é muito comum a garotada viver dentro de casa em volta a computadores, videogames, jogos eletrônicos e brinquedos modernos. Os passeios aos parques são raros e mais recomendados na companhia de um adulto. Para tirar as crianças e adolescentes desta rotina uma opção, pelo menos durante as férias, é proporcionar uma viagem para lugares onde poderão experimentar um pouco o que é brincar em liberdade e em meio à natureza. Quanto a isto, a psicopedagoga Marilda Martins Pereira de Souza, coordenadora do Colégio Salesiano Santa Teresinha, alerta que é muito importante manter as crianças pelo menos por algum tempo longe de computadores, televisão e jogos eletrônicos. “É uma maneira de mostrar que a vida simples, ao ar livre, em contato com a natureza e novos amiguinhos é muito prazerosa. Conviver, conversar, rir, brincar faz parte da vida.”, alerta ela. Victor Hugo Elias Spíndola, de 17 anos, foi acampar a convite de um amigo quando tinha ainda cinco anos, gostou tanto da experiência que já acampou 20 vezes, todas as férias de verão e inverno. “É admirável a liberdade que o acampamento oferece, pois há toda uma infraestrutura de lazer, ainda fazemos amizades, temos contato direto com natureza e ficamos longe da cidade, da poluição. Para mim cada temporada é inesquecível e tenho amigos desde os oito anos, que conheci nessas viagens.”, explica. Ele, que coleciona as fotos de cada uma das viagens, conta que quando foi pelas primeiras vezes era uma criança mimada que não conseguia nem arrumar a cama ou colocar a comida no prato. “Aprendi tudo isso graças ao acampamento. Antes eu era muito dependente de empregadas, hoje, já consigo me virar para fazer praticamente tudo o que é necessário. Aprendi muita coisa com os monitores e também com as gincanas do acampamento que me ajudam fisicamente, já que nelas temos que correr atrás do objetivo nos jogos, além de pensar muito para concluirmos as atividades, aumentando nosso raciocínio, pois são muito bem boladas. Estes jogos também me ensinaram a jogar em equipe, ajudando ao outro.”, recorda ele. Mas, antes de enviar um filho para um acampamento é recomendável buscar informações a respeito. “Principalmente conversando com outros pais que já encaminharam seus filhos para alguma dessas atividades. Deve ser levado em consideração, por exemplo, a formação dos monitores, quem gerencia o acampamento, o local, a segurança e a possibilidade de interagir com os adultos do local.”, recomenda Marilda Martins Pereira de Souza. Hoje, para quem busca referência e segurança, há como pesquisar sobre o assunto no material didático criado pela Associação Brasileira de Acampamentos Educativos (ABAE), que foi criada em maio de 1999. “Existe uma grande variedade de empresas com opções de programação, que são decorrentes das diferentes estruturas físicas, localização geográfica e atividades desenvolvidas para objetivos específicos. Por esta razão, a associação criou um guia prático para auxiliar na escolha do acampamento ideal para cada usuário.”, destaca Marília Rabello, diretora da instituição. Para conhecer o guia acesse www.abae.org.br.
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