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Arquitetura e Engenharia
17/06/2011 - 12h00
A relação do ar condicionado e o conforto humano
 
 
Controle de temperatura, umidade, difusão e renovação do ar são alguns dos requisitos básicos para uma boa qualidade do ar

O Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores (DNPC) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) alerta sobre a importância do projeto de um sistema de ar-condicionado, quando observada a questão da “saudalidade do ambiente”. Não basta a sensação de “ar frio”, pois, um sistema de climatização corretamente conceituado e dimensionado apresenta cinco itens básicos que influenciam na qualidade do ar e que juntos, garantem a “saúde” do ambiente, são eles: controle de temperatura, umidade, filtragem, difusão e renovação do ar.

Segundo o presidente do DNPC, o engenheiro Carlos Kayano ”para se obter resultados satisfatórios em um projeto, é preciso observar alguns aspectos como a experiência da empresa projetista e o bom atendimento com fornecimento de informações detalhadas sobre as alternativas existentes e as soluções recomendadas”. É preciso procurar empresas sérias, que tenham em seu currículo serviços com aplicação, porte e complexidade semelhantes ao trabalho a ser executado, e de acordo com as normas técnicas estabelecidas e apresentem documentação de projeto completa e bem detalhada. Um bom projeto garante a boa funcionalidade das instalações, saúde, eficiência energética e a sua principal função que é o conforto humano de quem utiliza o ambiente, finaliza Kayano.

Conforme dados do Departamento de Qualidade do Ar de Interiores da Abrava, uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar por dia e passa 85% dele dentro de ambientes fechados, estes normalmente climatizados, como hospitais, escritórios, academias, bancos, carros, entre outros. Muitas dessas pessoas podem opinar a respeito da temperatura, mas não têm noção sobre os demais aspectos das condições inadequadas do ar que as circunda, que podem inclusive causar mal à saúde.

Segundo o engenheiro da Fundament-Ar, Roberto Montemor ”Quando falamos em climatização do ar e ambiente confortável, a temperatura média utilizada deve ser de cerca de 24ºC, o que permite uma umidade relativa do ar em torno de 55%, ideal para a saúde. Mas, se pensarmos em 18ºC, é temperatura de câmara fria, posso afirmar que o ambiente estará gelado, acima do necessário, e com umidade do ar inadequada, o que prejudica a saúde”.

A temperatura de um ambiente pode estar agradável, o que causa a sensação de conforto, mas isso não quer dizer que o ar esteja saudável. Vários são os pontos que podem ser observados com a finalidade de diagnosticar as condições de “saudabilidade” do ambiente: sentir uma corrente de ar tocando a pele de forma excessiva, ou ao contrário, o ambiente parece abafado, sem movimentação de ar, indicam problemas de difusão do ar. Sentir a boca, nariz ou olhos ressecados indicam umidade relativa muito baixa. Manchas escuras junto aos difusores no teto indicam falta ou inadequação dos filtros.

Muitos dos problemas relacionados a climatização do ambiente costumam ter origem na falta de balanceamento e regulagem ou pela atuação inadequada da manutenção, o que é menos grave, pois pode ser corrigida a qualquer hora. Porém, quando o problema se deve a uma instalação com projeto concebido inadequadamente, mal dimensionada e com especificações precárias, a correção do problema será onerosa e trabalhosa, pois poderá envolver modificações substanciais nas instalações, gerando além das despesas, transtornos com novas obras.

Uma situação que acarreta frequente manifestação de insatisfação com o uso de ar condicionado é quando ocorre alteração de layout ou da forma de utilização dos ambientes condicionados, o que provoca distorções nas condições de climatização originais estabelecidas no projeto. Toda alteração de disposição de móveis e pessoas deve ser seguida de uma verificação e adequação das instalações do condicionamento de ar, de modo a torná-la compatível com o novo arranjo das salas e distribuição dos ocupantes, o que deve ser feito por um profissional habilitado.

De acordo com o diretor da KSG Projetos, Pedro Moschen, “Inúmeras são as desvantagens de não se ter um bom projeto de ar condicionado. Além dos aspectos relacionados à saúde, tem o fator de um maior gasto de energia, que ocorre normalmente com uso do equipamento inadequado ou de maneira errada, entre outros. Vale lembrar que o projeto feito por um projetista habilitado é sem dúvida o maior custo-benefício que um sistema pode oferecer”.

Sobre o ambiente

Um ambiente condicionado deve ser fechado, mas se não houver renovação do ar e filtragem adequada, o ar interno tende a ficar poluído e a concentração de CO2 aumenta e, como consequência, surgem reflexos como sonolência e fadiga, que associada à falta de manutenção, pode propiciar a proliferação de microorganismos, atingindo diretamente a saúde das pessoas que circulam pelo local.

Quando se fala em saúde, a importância do projeto é 100%. Um bom sistema de ar condicionado deve garantir o conforto e qualidade do ar de um ambiente. A concepção de um projeto deve ser embasada em normas técnicas, o que permite que a renovação de ar, filtragem, difusão, temperatura e controle de umidade, sejam adequados de forma a favorecer o conforto térmico e a saudabilidade do ambiente.

Cada tipo de ambiente exige um projeto único, seja um hospital, escritório, ou outro, e são as normas técnicas que determinam as diretrizes do sistema. Em alguns casos, necessidades específicas são exigidas, como por exemplo, salas limpas utilizadas para cirurgias em hospitais, pois requer uma alta filtragem do ar para que se evitem infecções no pacientes.

Ainda sobre um local a ser climatizado, definição do tipo de equipamento, carga térmica, orientação solar, número de pessoas, tipo de utilização do ambiente, iluminação, vedação dos vidros, ventilação entre outros, são alguns dos fatores que norteiam a concepção de um projeto e devem ser avaliados com critério por profissionais habilitados como projetistas.

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