Empresas devem iniciar processo de dentro para fora, propiciando ações integradas com o público interno e externo
Ser responsável socialmente no ambiente empresarial é fundamental – tanto que a atitude é transformada em marketing positivo para as empresas. Ter responsabilidade social envolve uma série de fatores e leva em consideração até mesmo os colaboradores da organização. “A área de gestão de pessoas dispõe de muitas estratégias que colaboram para a responsabilidade social e o foco deve estar na ética e no respeito pelo empregado. Com um modelo de gestão no qual as pessoas são valorizadas e estão em primeiro lugar, o ambiente de trabalho é muito melhor”, explica Eberson Luiz Federezzi, diretor e consultor de carreira da empresa de recursos humanos Gnetwork (www.gnetwork.com.br). O setor de recursos humanos é fundamental para garantir a conservação das propostas referentes à responsabilidade social. Além de formar equipes integradas com este princípio, o setor é responsável pelo suporte dado aos funcionários. “Capacitação, desenvolvimento de uma cultura participativa, reconhecimento, valorização das pessoas, políticas de crescimento individual e coletivo são apenas algumas das várias possibilidades existentes no campo da responsabilidade social”, destaca. Uma companhia socialmente responsável conquista muitos benefícios, como o aumento da produtividade, imagem positiva perante o público interno e externo, retenção de talentos, bom clima organizacional e melhoria da qualidade de vida dos funcionários – o que reflete em sucesso no ambiente profissional. “A integração entre a empresa, os empregados e a comunidade é imprescindível. Os colaboradores que estão inseridos em um local com valores e princípios diferenciados e assumem este comportamento irão difundir estes valores na vida pessoal e também no trabalho”, ressalta. Quanto mais as empresas investirem no seu capital humano, melhores serão seus resultados e as metas serão atingidas mais facilmente. Os colaboradores irão agregar valor à instituição e vice-versa, promovendo um ciclo vicioso positivo. “As políticas seguidas dentro da empresa se refletem lá fora também. Por isso é de extrema importância ter valores éticos, que exprimam a responsabilidade social que a companhia tem”, observa Federezzi, especialista no gerenciamento de todo processo de recrutamento e seleção de organizações de diferentes ramos de atuação. Para que as ações sigam de forma coerente o discurso e a teoria, os profissionais que atuam no RH devem adotar práticas que estejam alinhadas com os valores e princípios da empresa. “É a chamada responsabilidade social interna. O objetivo é promover uma comunicação transparente, reconhecer o valor dos colaboradores e estimular os funcionários a ultrapassar suas metas. As ações podem ser estendidas e atingir os familiares e empregados de empresas terceirizadas, por exemplo”, esclarece. Promover a responsabilidade social internamente é o primeiro passo para que estas ações possam ser aplicadas externamente. Muitas organizações invertem a lógica do processo e começam de fora para dentro, ocasionando muitos conflitos. “Os funcionários ficam insatisfeitos ao ver que a empresa investe apenas em estratégias que atingem o público externo. No caso da responsabilidade social, as mudanças devem ocorrer de dentro para fora, afinal as pessoas tem papel decisivo no compromisso com a sociedade”, evidencia o diretor. Federezzi aponta que é necessário aproximar a missão da empresa ao conceito de responsabilidade social, conhecer novas aplicações desta estratégia em outras empresas, disseminar os valores da companhia para o público interno e apoiar projetos que incluam os familiares dos colaboradores e a comunidade local. “Investir em recrutamento interno, promover programas de combate a doenças e vícios, como, por exemplo, desestimular o hábito de fumar, apoiar projetos voluntários e ter um programa claro no que diz respeito a demissões são outras táticas essenciais”, acrescenta.
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