Sou um ser vivente. Um pingo de vida que nasceu nas entranhas do mar da existência; Ando pela correnteza do tempo, sem saber se meu futuro será grande ou pequeno; Não sei se como gota salvarei alguma vida do deserto do desespero, ou afogarei nas imensas águas de meu egoísmo; Talvez eu seja engolido pelos peixes da ganância, ou evaporado pelo calor insuportável da miséria; Ó mundo sem alternativas! Daqui há meses ou anos, segundos talvez, deixarei de existir. E se existir será enfim para chegar ao oceano, com toda uma bagagem de vida guardada dentro de mim; Talvez alguém me pergunte: - De que te adiantou sofrer tanto para chegar a este oceano? E eu responderei: - Para viver em paz, neste lugar chamado MAR. Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.
|