Pois é... Solzão com cara de verão! Olho ardendo feito fornalha, todo mundo bem suado, vermelho de pimentão. Parecem brasa no ar, esses raios a queimar. A pele sofre, se chamusca torrando sem proteção... Quem não se cuida, se dá mal... Sensatez logo em ação! Solzão bravo, inclemente, coisa de devastação. Vão-se águas, árvores se vão... Restam desertos de terras áridas... Desolação. Morrem bichos nos matos, queimam gentes nas praias em risco de insolação... Ah, desidratação! Não me pega, não, esse sol de verão! Não me esturrico, sem chance, então! Levo meu guarda-chuva que vira guarda-sol, nesta nova estação. Raios ultraviolentos? Sombrinha na mão! Pela rua vou, figura exótica, portando minha filtro solar de pano verde-limão (só pra rimar, a minha é cinza-discreto rs)... “Ô treim bão!” Pobre País, esse nosso! Ir à rua de sombrinha? Lá vem chacota e gozação. Pura bobagem, sem nenhuma explicação. Melhor se torrar ao sol? Melhor virar pimentão? Que judiação! Só mesmo pra quem não tem amor à pele... Eu não! Muita roupa, chapelão, bloqueador fator 1.000.000... Câncer de pele, cidadão? Não! Olha aí a prevenção... Brava gente brasileira esqueça a vaidade, aprenda logo a lição. Guarda-sol é puro charme, pensa só que curtição! Ah, que sábia cena, me lembro, no campo de aviação! Camila Parker, em terras tupiniquins, elegante e altaneira, pisando nosso torrão! Belíssima sombrinha branca, ao descer do avião! Camilinha tem razão...
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